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Jogos simulam a realidade e ajudam arquitetos no desenvolvimento de cidades inteligentes
Jogo Tygron ajuda a simular decisões reais em ambiente 3D (Foto: Divulgalção)

Jogo Tygron ajuda a simular decisões reais em ambiente 3D (Foto: Divulgalção)

Não parece fácil projetar as cidades do futuro. Mas e se elas pudessem ser testadas antes que as estratégias fossem colocadas em prática? Na carona de jogos de simulação como o SimCity, que propõem o desafio de criar e administrar uma cidade, outras alternativas começaram a ser aproveitadas por engenheiros e arquitetos a fim de encontrar novos modelos de desenvolvimento.

Segundo contou Will Wright, criador do SimCity, ao The Guardian, o objetivo do jogo era criar um mundo virtual com tantos detalhes que os jogadores pensassem que era real. E, agora, uma geração de arquitetos e especialistas em planejamento urbano que viveram essa experiência estão aplicando os conceitos do jogo ao design inteligente de cidades na vida real.

A simulação de eventos e decisões surge como uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de cidades inteligentes. Um exemplo de sucesso vem da Austrália. A agência CitySmart, do conselho da cidade de Brisbane, e a Universidade de Tecnologia de Queensland desenvolveram um jogo de smartphone que ajuda os moradores de baixa renda a reduzir o uso de energia. O piloto de um ano do programa “Reduce Your Juice” terminou com bons resultados: os participantes conseguiram baixar em cerca de US$ 220 os seus gastos anuais de energia, sendo que alguns chegaram a poupar mais de US$ 2 mil.

Rebekah Russell-Bennet, professora da universidade, disse ao The Guardian que o projeto identificou locatários com menos de 35 anos como a chave demográfica. Depois, foi realizada uma pesquisa para entender que tipo de jogo digital seria melhor para modificar o seu comportamento. Para ela, eles estavam “aprendendo acidentalmente”. Assim como dizer para as pessoas levarem seus filhos para caminhar pela cidade e seguir um mapa virtual divertido funciona melhor do que simplesmente dizer que elas devem fazer exercícios.

Foto: Divulgação

Outras opções seguem o mesmo caminho. O Tygron foi desenvolvido para que arquitetos, urbanistas e engenheiros simulem projetos reais em um ambiente 3D. Um desafio de planejamento é lançado e deve ser cumprido em um determinado período. Para isso, são fornecidos indicadores reais de sistemas de informações geográficas e outros conjuntos de dados para mostrar os efeitos das decisões.

Os profissionais devem atender questões como habitabilidade, estacionamentos, mudanças climáticas, densidades populacionais e ainda permanecer dentro de orçamentos atribuídos. A proposta é ajudar a encontrar formas de planejar os processos e reduzir tempo e custos de projetos urbanos. O game já foi usado em workshops para estratégias de resiliência em Nova York.

Já em Los Angeles está sendo desenvolvido o Block’hood, voltado para o desenvolvimento urbano com bem-estar. O jogo tem mais ênfase em ecologia e sustentabilidade. O objetivo é planejar a construção de um bairro celebrando a diversidade e a experimentação das cidades e seus ecossistemas. São disponibilizados 90 blocos de construção com dimensões 1 x 1 x 1 para montar e combinar diferentes possibilidades, a fim de descobrir suas implicações.

Veja um vídeo promocional:

O jogo está disponível no Steam.

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