os conteúdos deste blog agora estão em wribrasil.org

Print Friendly, PDF & Email
Isso não é uma lixeira (comum)

Muita gente já deve ter passado ao lado dela e não deve ter notado. Talvez você mesmo não desse bola. Mas a lixeira abaixo não é como as demais. Ela é uma lixeira inteligente que endereça um combo importante de questões que afetam o desenvolvimento e a rotina urbana. E reduz a chance de você ficar parado atrás de um caminhão de lixo!

Foto: Carol Inoue Dick

Modelo da lixeira inteligente em Boston (Foto: Carol Inoue Dick)

Já parou para pensar como a coleta de resíduos tradicional funciona de forma bastante ineficiente? Com cada um depositando seu lixo por toda a cidade e muitos caminhões recolhendo o material e levando até uma central de triagem e/ou um aterro sanitário, não há controle sobre a real necessidade de coleta em cada ponto. Os caminhões simplesmente passam em um horário pré-determinado e coletam tanto lixeiras que estão transbordando quanto outras que estão quase vazias. Além disso, muitas vezes o material transportado é volumoso e não tem valor comercial. Em termos econômicos, tudo isso é um desperdício de recursos!

Então qual a proposta dessa lixeira? Ela possui um sensor que aciona um compactador interno quando o volume depositado atinge determinado nível. Com isso, a capacidade útil do recipiente aumenta em até oito vezes*! Mas, se cada lixeira enche em um ritmo diferente, mesmo com um compactador ainda há alguma ineficiência, certo? Nesse ponto, entra em cena o big data real time! As lixeiras são conectadas em nuvem e enviam notificações para um sistema central, informando quanto de sua capacidade já está utilizada e qual a estimativa para lotação. Dessa forma, é possível programar e otimizar a coleta.

image1

(Fonte: bigbelly.com)

Na prática, isso significa menos caminhões circulando pelas ruas, o que gera menos trânsito, menos acidentes, menos consumo de combustível e menos poluição para a sociedade, além de criar espaços mais agradáveis. Tudo isso se reflete em ganho de eficiência e redução de custos operacionais (estimados em 75%-80%*) a serem compartilhados entre os envolvidos. Ou seja, uma melhor alocação dos recursos para todos!

Foto: Carol Inoue DickE para quem está se perguntando de onde vem a energia para o funcionamento do compactador, a boa notícia é que ela é gerada pelo painel solar que fica posicionado na parte superior da lixeira (veja na foto ao lado). Mesmo com a eficiência ainda baixa das placas solares e da proteção por cima delas, a energia captada é suficiente para seu funcionamento e ainda pode ser armazenada em baterias por até 72h!

Está aí um bom exemplo de inovação com capacidade de gerar impacto significativo sem reinventar a roda. É a aplicação de energia renovável e internet das coisas tornando nossas cidades mais smart!

*Dados de referência podem ser consultados em bigbelly.com.

Print Friendly, PDF & Email

No comments yet.

Add your response