O que o futuro reserva às nossas cidades? Prefeitos e líderes urbanos começam a assumir compromissos para adotar infraestruturas verdes, transportes não poluentes e eficiência energética, mas quais serão os resultados desses esforços? O engenheiro e futurologista Ian Pearson ajudou a elaborar um relatório que vislumbra o que podemos esperar das cidades daqui a 30 anos.
Pearson, formado em Física Teórica e Matemática Aplicada, é famoso por ter um histórico de 85% de precisão nas suas previsões. O britânico passou os últimos 25 anos conceituando elementos de tecnologia do futuro. Ao reunir suas previsões com documentos da Hewden, uma empresa do segmento de aluguel de equipamentos de construção, ele elaborou a sua visão sobre o que podemos esperar para o setor até 2045. O site Tech Insider compilou oito das mais interessantes previsões de Pearson, que vão desde janelas com realidade virtual até exoesqueletos. Confira:
Construções conduzidas pela inteligência artificial
O relatório prevê que os ocupantes dos edifícios serão capazes de “falar” e fazer pedidos basicamente às paredes, como pedir uma mudança de temperatura ou luz, por exemplo. Será como ter uma assistente pessoal de inteligência artificial em cada cômodo da casa.
Edifícios irão funcionar como minicidades
Com a alta demanda para o uso do solo e os custos crescentes, edifícios superaltos podem ser convertidos para abrigar trabalhadores de baixa e média renda. As estruturas funcionarão como minicidades, com alguns andares dedicados aos escritórios, outros a espaços residenciais e outros dedicados ainda a lazer.
Janelas serão substituídas por telas de realidade virtual
O relatório prevê um futuro onde os prédios não têm janelas, mas telas, assim como a cena de “De Volta para o Futuro 2”, onde a casa de Marty é equipada por uma janela de realidade virtual que pode ser trocada por qualquer cenário. “Esse pode ser um meio muito barato e rápido de construir acomodações residenciais de baixo custo”, diz o documento.
Pessoas usarão roupas que coletam energia solar
Que tal gerarmos energia apenas com a roupa do corpo e um pouco de sol? A viabilidade de revestimentos solares dependerá do desenvolvimento de nanotecnologia para criar um material à base de nanopartículas. Com isso, será possível absorver e converter a luz solar em energia a partir de vários materiais.
Aquecimento radioativo e iluminação inteligente irão seguir seus passos
Calor e luz serão direcionados enquanto as pessoas se deslocarem nos ambientes para que elas possam escolher qual a temperatura que desejam e quanta exposição à luz. O relatório não entra em detalhes sobre como exatamente essa tecnologia funcionará. No entanto, atualmente já existe uma grande quantidade de pesquisas e testes em curso para desenvolver melhor o setor de iluminação.
A Ario, criada com base em uma pesquisa da Nasa e da Universidade de Harvard, é uma espécie de lâmpada conectada através de Wi-Fi que imita a luz natural do sol para ajudar a melhorar a saúde do usuário.

Panasonic já fabrica um exoesqueleto capaz de aliviar quase 15 quilos de estresse lombar. (Foto: Reprodução)
Exoesqueletos ajudarão a carregar equipamentos
Segundo o relatório, os trabalhadores da construção irão começar a usar uniformes robóticos para levantar e transportar objetos pesados. Talvez nem estejamos tão longes disso, já que o presidente americano Barack Obama já chegou a declarar que o país está “basicamente construindo o Homem de Ferro“. A comparação pode ser um tanto exagerada, mas o Departamento de Defesa estaria a dois anos de lançar uma armadura com sistema de temperatura, conexão com a internet, fonte de oxigênio e com força para carregar pesos, o Tactical Assault Light Operator Suit (Talos).
Trabalhos de risco serão executados por robôs
O documento afirma que os robôs irão trabalhar ao lado de seres humanos em uma série de projetos, mas que devem assumir, principalmente, postos de trabalhos com alto risco de explosão ou quedas.
Impressões em 3D e montagens feitas por robôs permitirão obras mais rápidas
As previsões apontam que a impressão 3D para construções deve progredir rapidamente conforme novas formas de concreto e outros materiais forem desenvolvidos.
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