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Workshop reúne especialistas para repensar a mobilidade corporativa para organizações públicas e privadas

Os deslocamentos de casa para o trabalho exercem importante influência em nossas vidas. Sabendo disso, o WRI Brasil Cidades Sustentáveis organizou, na última semana, um workshop com diferentes provedores de solução do setor da mobilidade, no sentido de repensar a forma como nos deslocamos ao trabalho e tornar as opções de transporte sustentável mais atrativas para organizações públicas e privadas. Somando esforços, os desafios impostos pelas áreas urbanas podem ser levados em consideração para que se atinja resultados benéficos tanto para o planeta quanto para a qualidade de vida de todos aqueles que realizam os deslocamentos diários para o trabalho, investindo um tempo precioso parados nos congestionamentos. O encontro que oportunizou estreitar ideias aconteceu na Oxigênio, aceleradora de startups criada pela Porto Seguro, em São Paulo. E contou com mais de 15 instituições participantes.

Iniciativas como as convidadas surgiram no Brasil nos últimos anos com o intuito de repensar a mobilidade como um todo. No entanto, as estratégias adotadas por tais coletivos podem ser empregadas dentro de um escopo de mobilidade dentro das empresas (mobilidade corporativa). Afinal, no Brasil, 50% dos deslocamentos tem como motivo o trabalho. Isso evidencia a importância das empresas, como elementos urbanos, adotarem estratégias de Gestão de Demanda de Viagens (GDV) para reduzir o número de viagens individuais e, assim, resultar em cidades mais habitáveis, seguras e, especialmente, sustentáveis.

Os diferentes atores presentes foram levados a trabalhar com mobilidade por motivos diferentes. Alguns com foco já em melhorar a mobilidade dentro das empresas, mas, como ressaltou a Gerente de Comunicação do WRI Brasil Cidades Sustentáveis, Fernanda Boscaini, “com essas reuniões, podemos encontrar intersecções em diferentes serviços que podem se unir através desse ambiente de esforço colaborativo para desenvolver melhor a cidade e ajudar as empresas a repensar a mobilidade corporativa”.

Para abrir a conversa, o Especialista de Mobilidade Urbana do WRI Brasil Cidades Sustentáveis, Guillermo Petzhold, apresentou algumas estratégias adotadas por empresas brasileiras, hoje, entre elas, a carona. “Recomenda-se esta medida para empresas com grande número de funcionários, pois é provável que algumas pessoas morem próximas. O mesmo vale para empresas mais afastadas do centro urbano, que exigem longos deslocamentos e normalmente não possuem acesso ao transporte coletivo”, destacou Guillermo.

Algumas estratégias de Gestão de Demanda de Viagens (Reprodução/WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

As empresas, ao instalar chuveiros e vestiários e estacionamento para bicicletas, incentivam o transporte ativo para os funcionários que se dispõe a caminhar ou pedalar para o trabalho. No entanto, muitos caminhos precisam ser trilhados para que as empresas compartilhem com o funcionário a responsabilidade por seus deslocamentos. As ideias levantadas sobre o assunto vão desde incentivos financeiros que podem encorajar o uso do transporte sustentável até a cobrança do estacionamento ser revertida em benefícios para quem opta por transportes mais sustentáveis. Por exemplo: isenção do valor para quem dá carona, subsídio para o transporte coletivo ou ônibus fretado; ou ainda, que tal ser pago para pedalar de casa até o trabalho?

Dessa forma, os diferentes atores presentes na reunião fizeram esforços no sentido de mapear ferramentas de engajamento para mudança de hábitos das empresas e funcionários. Em uma próxima etapa, as conversas serão condensadas em um relatório para auxiliar na criação de um pacote de medidas. Dessa maneira, mais pessoas serão beneficiadas. Afinal, as medidas tomadas pela mobilidade corporativa trazem benefício ao funcionário, na medida em que seu tempo perdido no trânsito e congestionamentos reduz, bem como ajudam a melhorar sua saúde. Ainda, a adoção de uma estratégia de mobilidade corporativa traz benefícios para a própria cidade e empresa. Como resultado coletivo temos uma melhoria na qualidade do ar e a diminuição dos índices de emissão de gases do efeito estufa. Todos saem ganhando.

(Foto: Sergio Trentini/WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

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