Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera apresentaram no ano passado o maior crescimento desde o início dos registros, em 1958. A queima de combustíveis fósseis, aliada a um El Niño mais forte que o comum, elevou os níveis de CO2 em 3,05 partes por milhão (ppm) de 2014 para 2015, atingindo o recorde de 402,6 ppm de CO2 na atmosfera, conforme dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
O grande salto do nível de CO2 na atmosfera quebrou o recorde de 1998, ano em que o fenômeno do El Niño também apresentou proporções maiores. Segundo cientistas do NOAA, a seca e chuvas irregulares causaram menos armazenamento de carbono nas florestas e terras, o que causou o aumento do nível de combustíveis fósseis na atmosfera.
Desde 1880, os níveis de CO2 no ar aumentaram mais de 40%. E, como o acúmulo desses gases retém calor, acontece o que temos visto com as condições meteorológicas extremas. Além de, claro, 2015 ter sido o ano mais quente já registrado.
(Fonte: The Guardian)