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Qual foi o impacto do aquecimento global na sua cidade em 2015?

(Foto: Fredy Lopez/Flickr-CC)

O ano de 2016 começou quebrando recordes. O mês de Janeiro foi apontado pela Nasa como o mais quente da História, e a tendência deve se confirmar assim que sair os resultados oficiais de Fevereiro. A ascensão da temperatura já havia feito de 2015 o ano mais quente  desde o início dos registros oficiais, em 1880. Para quem precisa ver isso em detalhes, o jornal americano The New York Times lançou um gráfico interativo onde é possível ver a variação de temperatura e precipitação em 3.116 cidades.

De acordo com a pesquisa do jornal, baseada em dados compilados do serviço de previsão do tempo AccuWeather, mais de 90% das cidades registraram um ano de calor acima da média. No Brasil, as cidades presentes no gráfico mostram distintas variações. Em Porto Alegre, no Sul do País, a temperatura não mostrou grande elevação média, apenas 0,5°C acima do normal. Porém, a precipitação de chuva foi 2,9¨ superior a média. Florianópolis (SC) e Manaus (AM) tiveram 0,9°C s acima do normal. Porém, outras cidades registraram médias bem mais alarmantes. Rio de Janeiro teve temperatura média de 2,3°C mais alta, São Paulo, 3,5°C, e Goiás, 3,7°C.

O gráfico da cidade de São Paulo mostra temperatura 3.5°C mais alta que a média. (Foto: Reprodução/The New York Times)

Em 2015, a temperatura média do planeta sofreu um aumento de 0,9°C desde o final do século 19, uma mudança gerada a partir das emissões de dióxido de carbono e outros gases nocivos a atmosfera gerados pelo homem.

Parte dessa elevação também é creditada ao fenômeno El Niño. No entanto, o professor Michael Mann, diretor do Penn State Earth System Science Centre, desenvolveu uma pesquisa que permitiu avaliar o real impacto do evento climático. “Ele [El Niño] foi responsável por menos de 0,1°C do calor anômalo. Em outras palavras, ainda teríamos um recorde da temperatura global mesmo sem qualquer ajuda do El Niño”, afirmou em entrevista ao jornal inglês The Guardian.

(Foto: Danielle Pereira/Flickr-CC)

O acordo firmado entre 195 nações na COP 21, em Paris, em dezembro do ano passado, visa combater justamente o fenômeno que fica explicitado no gráfico do jornal americano, o aquecimento global. O objetivo principal do acordo é a redução na emissão de gases de efeito estufa. “Mudanças climáticas são crônicas e precisarão de pressão sustentável e soluções sustentáveis por muitas décadas. COP 21 é um bom começo”, destacou, em seu Twitter, Gavin Schmidt, climatologista e diretor da Nasa.

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