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Milão propõe pagar habitantes pelo uso da bicicleta

(Foto: ELOOOODY/Flickr-CC)

A Itália é um dos países onde o fascínio por carros e motores gera uma delonga na viabilização de meios de transporte não poluentes, como a bicicleta. No entanto, cidades como Milão vêm tentando mudar este cenário. A solução que a potência econômica italiana busca é pagar aos cidadãos para utilizar a bicicleta no caminho ao trabalho.

Seguindo iniciativa já criada em Paris, por exemplo, onde, por seis meses em 2014, moradores receberam 25 centavos por quilômetro pedalado até o local de trabalho, Pierfrancesco Maran, conselheiro de Milão na área de mobilidade, sugere o uso de um aplicativo para monitorar os trabalhadores que aderirem ao projeto.

(Foto: Martti Tulenheimo/Flickr-CC)

Maran busca auxílio técnico na Universidade Politécnica de Milão para colocar em prática a ideia. A gerente de mobilidade da instituição, Eleonora Perotto, destaca que circular por Milão de bicicleta é quase tão rápido quanto ir de carro. Porém, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, ela afirma usar o carro devido as distâncias e a dificuldade em encontrar rotas. Problemas como esse são apontados por críticos da proposta, que acreditam que a cidade ainda não apresenta uma infraestrutura adequada para motivar o uso da bicicleta diariamente.

O governo da Itália anunciou recentemente um fundo de 35 milhões de euros para soluções sustentáveis de mobilidade após diversas partes do país atingirem um nível de poluição assustador. Outras ações já foram implementadas em Milão, uma cidade com 1,25 milhão de habitantes e que já utiliza o sistema de bicicletas compartilhadas. Cada dia que a pessoa deixa o carro na garagem de casa, ela recebe um voucher que vale uma passagem de trem ou de ônibus. Há alguns anos, a cidade também cobra um pedágio urbano para circular de carro no centro de Milão, em um perímetro chamado de Área C.

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