O mês de outubro começou já com a Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), assinada por lideres do mundo todo. Assim, foi adotado um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade do Desenvolvimento Sustentável. Tudo compilado em 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas globais pensadas para erradicar a pobreza e promover universalmente a prosperidade econômica, o desenvolvimento social e a proteção ambiental.
Entre as 169 metas, figuram temas como a erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, governança, e meios de implementação. Confira a íntegra dos ODS acordados.
Objetivo 11: cidades sustentáveis
A ONU estima que em 2030 a população global atinja 8,5 bilhões de pessoas. Razão suficiente para fortalecer políticas globais que previnam efeitos das mudanças climáticas nos centros urbanos. Afinal, as cidades consomem dois terços da energia global e são responsáveis por mais de 70% das emissões de CO2. Por isso, vamos falar do Objetivo 11, que visa tornar as cidades mais sustentáveis e os assentamentos humanos inclusivos, seguros e resilientes.
As metas para esse objetivo enumeram medidas práticas para diminuir as emissões e aumentar a resiliência das cidades. O que já é cobrado, de certa forma, pela população que pede a seus governos que tomem ações, pois as evidências sobre a compatibilidade do crescimento econômico e da ação para combater as mudanças climáticas são concretas. O que mostra a importância do décimo primeiro ODS, para garantir que os espaços urbanos em crescimento sejam economicamente vibrantes e ambientalmente sustentáveis e como isso influencia diversas outras metas da agenda.
Algumas das metas, inclusive, figuram na Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), que exige que os Planos Diretores e de Mobilidade dos municípios brasileiros obrigatoriamente devem atender requisitos de uma cidade sustentável, como a garantia de transporte coletivo para toda a população, de acesso igualitário a equipamentos urbanos, de moradia, de saneamento ambiental, entre outros.
As metas são defendidas pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis que sabe do poder que as cidades têm de melhorar a condição de vida das pessoas. Especificamente, catalisando e implementando soluções de mobilidade e desenvolvimento urbano limpas, eficientes, acessíveis e sustentáveis que ajudem a aumentar a qualidade de vida e permitam o acesso de todos, nas cidades dos países emergentes.
Conheça melhor as metas para as cidades no vídeo feito pela ONU.
Até 2030:
Garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas;
Proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos;
Aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países;
Reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao PIB global, incluindo os desastres relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade;
Reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros;
Proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, aos espaços públicos verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência;
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