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Redução de Velocidade: Números dão luz a escuridão de crenças e paixões

(Foto: Divulgação)

Quando foi anunciada a redução da velocidade máxima nas Marginais Pinheiros e Tietê, vias consideradas expressas na cidade de São Paulo, imediatamente um mar de criticas veio a tona, ampliada por editorias de jornais. Em muitos casos, o parecer técnico de quem é da área foi deixado de lado, e no lugar a opinião dos motoristas prevaleceu.

Muitas objeções foram levantas, desde o aumento no congestionamento, aumento da poluição atmosférica, e até a possibilidade de arrastões. Esta ultima foi levantada pela OAB-Sp, sem que tenha sido feito ou apontado estudos que comprovassem o possível problema. O presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Costa, diz que não foram usados estudos para fomentar a ação, e que o papel da OAB é exigir os dados da prefeitura.

Do outro lado, estudos e experiências internacionais mostravam que a cidade só tinha a ganhar com a redução da velocidade. O Ponto principal era a presevração de vidas. Um dos estudos foi o “Impactos da Redução dos Limites de Velocidade em Áreas Urbanas”, publicação do WRI Brasil | EMBARQ Brasil.

Taxa de mortes no trânsito e cada 100 mil habitantes em cidades com diferentes limites de velocidade. (Gráfico: WRI Brasil | EMBARQ Brasil. Impactos da Redução dos Limites de Velocidade em Áreas Urbanas, p.8)

Passados todas as discussões e semanas do início das medidas, os dados aparecem e dão luz a escuridão de crenças e paixões. E mostram também que até para os próprios motoristas, a redução foi um bom negocio.

Um balanço da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), mostra que houve queda no número de acidentes nas seis primeiras semanas da medida. Comparando ao mesmo período do ano passado, o número de acidentes com vítimas (mortos e feridos) caiu 27%. Foram 159 em 2014, contra 116 em 2015. O número total de acidentes nas duas vias passou de 373 no mesmo período do ano passado para 317 agora. Já a melhora  no trânsito foi por volta de 12%, entre as 17h e as 19h, comparado com 2014.

Dados divulgados pela Companhia de Engenharia de Trafego, a CET, apontam queda no índice de acidentes também na área central, com limites de 40 km/h. Segundo os dados, a redução no número de mortes em acidentes de trânsito e atropelamentos foi de 71%

“A ciência existe justamente para isso: contrariar o senso comum e fazer ver que o mundo é de outro jeito. Se fosse pelo senso comum, o sol estaria girando ao redor da terra até hoje”, disse o prefeito Fernando Haddad.

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