Ao usar um aplicativo pra chamar um táxi, descobrir o restaurante japonês mais próximo ou achar a melhor rota para algum lugar, você nem deve imaginar como seria a vida sem as facilidades que a tecnologia criou. E tudo isso só é possível graças a um fator valioso: os dados.
Quando as cidades se derem conta de que podem utilizá-los para desenvolver soluções urbanas, poderão enfim criar impactos positivos e de larga escala na vida dos cidadãos.
É isso que a cidade São Paulo fez, por exemplo, ao estabelecer uma política de open data com a mobilidade urbana. Com isso, veio uma onda de aplicativos como o Moovit, Waze, Cadê meu Ônibus, entre outros que fornecem informação ao usuário do transporte coletivo. A cidade criou também um laboratório para fomentar a inovação em mobilidade, o MobiLab. Lá, técnicos da prefeitura, universidades e start-ups podem, juntos, pensar em soluções para a cidade. É um processo novo, complexo, mas que já está ocorrendo. “São desafios tecnológicos pesados, que lidam com big data, e que aumentariam muito a capacidade de planejar a mobilidade urbana da cidade”, pontuou Ciro Biderman, responsável pelo MobiLab, em entrevista ao blog.
Melhorar a vida urbana e empoderar cidadãos. Os dados oferecem uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que permitem o desenvolvimento de aplicativos e plataformas de informação às pessoas, são chave para um planejamento urbano eficiente e assertivo por parte dos gestores públicos.
Tecnologia na mão, soluções rápidas
Eleito melhor aplicativo urbano do mundo, o Colab.re conecta cidadãos a gestores públicos no intuito de aprimorar os serviços públicos. É uma troca que possibilita, ao mesmo tempo, que cada pessoa vire um “fiscal” da cidade, avaliando a gestão pública e apontando falhas nos serviços públicos e irregularidades (como o poste estragado ou o carro estacionado em local proibido), e que os gestores públicos tenham capacidade de agir rapidamente ao chamado, enviando um técnico ao local, e mesmo consultando cidadãos sobre questões da cidade.
A tecnologia é uma realidade e tem um papel claro na construção de cidades mais inteligentes. Mas os dados precisam ser utilizados de forma integrada e inteligente para, de fato, impactarem a realidade. Na prática, há que analisar os dados existentes a fim de compreendê-los e criar estratégias para novas soluções e mensurá-las periodicamente.
Outro exemplo vem de Barcelona, que está utilizando a Internet de Todas as Coisas para conectar ônibus, carros, estacionamentos, sensores, de forma integrada para um uso mais eficiente de recursos. A Cisco explica como as cidades podem se valer dela para aprimorar a gestão urbana neste infográfico. Em evento do WRI Brasil | EMBARQ Brasil, Nina Lualdi, diretora da Cisco, reforçou que tecnologia deve ser pensada “com foco nas pessoas, em como melhorar a vida delas. Essa é sua verdadeira utilidade”.
Cidades, dados abertos e transparência
Quer saber mais sobre o assunto? No Congresso Internacional Cidades & Transportes (#CTBR2015), dias 10 e 11 de setembro no Rio de Janeiro, o painel “Cidades, dados abertos e transparência” vai explorar a questão. Ele contará com a participação de Ciro Biderman (SPTrans-MobiLab), Gustavo Maia (Colab.re), Nina Lualdi (Cisco) e Cesar Taurion (Litteris Consulting), para debater sobre como utilizar os dados no planejamento, operação e gestão das cidades e como transformar inteligência nas cidades em cidades inteligentes. Inscreva-se!