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Friday Fun: 12 estações de metrô transformadas em obras de arte

Contribuição de Ana Camila Vieira. Originalmente publicado em Habitissimo.

(Foto: Reprodução)

Muito além dos vagões desfigurados, das paredes sujas e do cheiro de multidão nos horários de pico, resulta que existe vida no metrô. Inclusive arte, cor e criatividade. Pelo menos isso é o que acontece em algumas estações de metrô que foram convertidas em autênticas galerias de arte ou campos de provas culturais. Algumas são tão incríveis que são um convite para esperar o próximo trem. Ainda são poucas as cidades que tem apostado por dar a seu subsolo um uso artístico que faça valer a pena o investimento pago no ticket do metrô. Neste post te mostramos as estações de metrô que nos conquistou.

#1 Ecletismo embaixo da terra (Estocolmo)

No que diz respeito a decoração artística, a rede de metrô de Estocolmo é exemplar. Mais de 90 das 110 estações que a capital sueca abriga contam com obras de 150 artistas diferentes. É tão grande a riqueza do subsolo do país escandinavo que visitas guiadas são organizadas para contemplar toda sua magnitude. Como se as almôndegas, a música do Abba ou sua população em maior parte loira não fossem suficientemente motivante, estações como Solina StationRissne ou T-Centralen (nas imagens, em ordem decrescente) transformaram Estocolmo em uma cidade de visita obrigatória.

(Foto: Reprodução)

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#2 Uma viagem dos sonhos (Shangai)

Luzes de neon, sons estridentes e gente apertada. Podíamos estar falando de qualquer discoteca da moda, mas na verdade nos referimos ao metrô de Shangai. Mais especificamente ao Bund Sightsseeing Tunnel, um percurso de 650 metros embaixo do rio Huangpu, unindo a orla de Pudong com a região de Bund. Os milhares de leds que enfeitam o túnel mudam constantemente para submergir você em uma viagem dos sonhos e, porque não reconhecer também, talvez não apta para epilépticos.

(Foto: Reprodução)

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#3 2001: Uma odisseia no metrô (Barcelona)

Provavelmente, se Stanley Kubrick utilizasse ocasionalmente o metrô ele faria isso em Barcelona, em Drassanes. Isso porque a última reforma realizada na estação, desenhada pelos arquitetos Jordi Fernandez e Eduardo Gutiérrez, a converteu em um cenário digno do filme “2001: Uma odisseia no espaço”. Com um corte minimalista, ao mesmo tempo que futurista, os 1.500m² da estação foram vestidos com essas peças pré-fabricadas de GRC, na qual, segundo os arquitetos, se converteu em um espaço “continuo e adaptável aos diferentes elementos”. Se você pegar o metrô nessa estação recomendamos não confiar no acesso HAL 9000.

(Foto: Reprodução)

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#4 Uma luz no fim do túnel (Nápoles)

Uma estação de metrô localizada no Quarteri Spagnoli de Nápoles e chamada de Toledo. Parecia inevitável que a projeto fosse encarregado a um arquiteto espanhol, como é o caso de Óscar Tusquets. O catalão é responsável pela fascinante cúpula que coroa o saguão: uma cratera de luz atravessa todos os níveis da estação até chegar a rua. O orifício conduz até a luz do sol e conta com um jogo de leds para imitar reflexos aquáticos. E isso porque a estação pretende representar o fundo do mar em toda sua imensidão.

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(Foto: Reprodução)

#5 Arte (sub)urbana (Madrid)

Marcada pelo projeto “Linha zero, arte urbana no Metrô de Madri”, a estação Moncloa da capital se converteu no mês de fevereiro em uma tela em branco para “La Banda del Rotu”. Como indica seu nome, o grupo de artistas se destaca pela sua habilidade com rotuladores/canetões, além de umacriatividade espantosa.

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#6 Arte e Ofício Steampunk (Paris)

Paris é a capital mundial da arte, e por isso, não deixa passar a oportunidade de inundar de criatividade todos seus cantos. Incluindo estações de metrô, dentro das quais se destaca a de Arts et Métiers, situada bem embaixo do museu de Artes e Ofícios da capital francesa. No marco da celebração do bicentenário desse museu, a estação foi remodelada em 1994 por um desenhista de quadrinhos belga François Schuiten. Desde então, veste uma temática steampunk, uma corrente visual que imagina um presente anacrônico predominando a tecnologia a vapor.

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#7 Luxo asiático (Dubai)

Não é nenhum segredo que a ostentação reina em Dubai como em nenhum lugar. O emirado persa não economiza na hora de demonstrar poder, inclusive nas suas estações do metrô. A de BurJuman, anteriormente batizada como Khalid Bin Al Waleed, é uma das mais peculiares. Tematicamente dedicada a água, a estação esta ladeada por quatro impressionantes lâmpadas penduradas em forma de água viva e uma série fotográfica do humilde passado pesqueiro do país. Uma estação que podemos dizer que funciona como um pequeno museu da história de Dubai.

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#8 Uma estação de recorde (Taiwan)

Se algum dia estiver de passagem pela cidade taiwanesa Kaohsiung, não deixe passar a possibilidade de contemplar em primeira mão um recorde do Guines. Não estamos falando da eficiência e pontualidade da sua rede de metrô, mas também poderia ser, mas sim de uma monumental cúpula chamada Dome of light ou Cúpula da Luz. Obra do artista italiano Nascissus Quagliata, trata-se do maior trabalho do mundo feito em vidro. Seus 30 metros quadrados de diâmetro e área total de 2.180 metros quadrados, juntamente com sua paleta cromática, converteram a estação Formosa Boulevard em uma das mais impressionantes do mundo.

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#9 Um trem ao passado (Moscou)

Falar de uma boa vizinhança de uma unidade russo – ucraniana não é possível, considerando o panorama bélico atual, sem nos transportar a épocas passadas. Precisamente, comemorando esses dias de vinho e rosas entre ambos países, foi decorada a estação de metrô russa de Kíyevskaya. Para completar, o desenho foi escolhido através de um concurso realizado na Ucrânia e finaliza com uma imagem de Vladimir Lenin presidindo a estação.

(Foto: Reprodução)

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#10 Geometria lusa (Lisboa)

Escolhida pela emissora americana CNN como uma das 10 estações mais bonitas do mundo, Olaias é um projeto arquitetônico do luso Tomás Taveira. Junto com alguns artistas plásticos, o arquiteto acabou conferindo ao subterrâneo Lisboeta a aparência que apresenta atualmente. Inaugurada em 1998 com o tema da Exposição Universal, a estação se destaca pelas suas cores e luminosidade, os quais fornecem a ela um aspecto geometricamente infantil.

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#11 Uma estação pixelizada (Budapest)

Embaixo da praça de Szent Gellert, na cidade húngara de Budapest, está localizada a estação de metrô homônima aberta ao público desde março do ano de 2014. A onda de cor que invade suas plataformas é obra do artista Tamás Komoróczky. Milhares de minúsculos azulejos, quase como pixels transportados para a realidade, cobrem por completo as paredes e teto das plataformas da estação situada embaixo da praça com o mesmo nome.

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#12 História pictórica (Santiago de Chile)

A história e a arte são duas disciplinas que tendem a combinar formidavelmente bem. Assim entendeu Mario Toral, autor do mural “Memória visual de uma nação”. Dividido em duas etapas, passado e presente, a obra se divide em seis painéis localizados na Estación Universidad da rede de metrô de Santiago do Chile. A materialização da obra surge da iniciativa MetroArte, destinada a fazer das plataformas de Santiago uma exposição aberta aos passageiros que passam pelo subsolo da capital andina.

(Foto: Reprodução)

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Bônus track:  A estação de metrô de Paco de Lucía

Com sua inauguração programada para o mês de março, a Estação Paco de Lucía é uma nova estação dedicada ao gênio de Cádiz da guitarra, falecido a quase um ano. Erguida sobre uma parada de trens, está localizada no distrito de Fuencarral-El Pardo. A homenagem ao músico e compositor vai muito além do nome da estação. Por isso será presidida por um gigantesco mural de mais de 300 metros quadrados, obra dos artistas urbanos Rosh333 e Okuda e seus sprays de tinta.

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