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Como universidades podem otimizar deslocamentos urbanos

Ao flexibilizar jornadas, oferecer opções de transporte ao trabalho e pra casa e outras estratégias para aumentar a conveniência de um colaborador, empresas podem reter talentos, motivar e ver a produtividade crescer. Este “pacote” de medidas chama-se Gestão da Demanda de Viagens (GDV), que tem por objetivo otimizar os deslocamentos, melhorar a qualidade do ar e o trânsito local.

E o que acontece quando universidades oferecem tais opções? Só no Brasil temos alguns exemplos muito bacanas de instituições – públicas e privadas – que têm consciência de que o modo como o aluno vai à aula pode ser mais eficiente e sustentável. E oferecem facilidades pra isso, como veremos a seguir. 

Ônibus gratuito transporta passageiros do trem ao campus, e vice-versa. (Foto: Unisinos/Flickr)

A Unisinos – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em São Leopoldo (RS), dá um ‘empurrãozinho’ para que alunos e professores que vivem na região metropolitana e mesmo na cidade utilizem o transporte coletivo. Partindo da estação de trem Unisinos, um ônibus gratuito leva até o campus, onde faz quatro paradas. O intervalo entre os ônibus é frequente nos horários de pico, antes de aulas. Saiba mais.

A UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul também estuda a viabilização de um serviço similar, que fará o transporte gratuito de alunos entre os campi de Porto Alegre. Atualmente, quem não utiliza o transporte individual motorizado tem as linhas de ônibus do transporte coletivo da cidade.

Outra novidade da federal é o local de provas do vestibular 2015. Pela primeira vez, ele é estabelecido conforme CEP indicado pelo candidato. Isso evita viagens motorizadas a longas distâncias e facilita até mesmo encontrar a escola, que será preferencialmente na vizinhança. Pra ter ideia do impacto positivo na otimização de deslocamentos nos dias de prova – 4 a 7 de janeiro – ao todo, 35.339 candidatos farão provas em 53 escolas em Porto Alegre; em Bento Gonçalves, realizam testes 2.853 vestibulandos; e em Imbé/Tramandaí, estarão concentrados 1.657 estudantes, com 6 locais de aplicação de prova em cada município.

PEDALUSP é o sistema de compartilhamento de bicicletas da Universidade de São Paulo. (Foto: Vai de Bike/reprodução)

Sistemas de bicicletas públicas não são privilégio somente de vias públicas. A Univates, no RS, estreou seu bike-share em maio deste ano com foco em reduzir o número de carros e motocicletas circulando nos arredores e dentro do campus. O sistema inaugurou com 120 bikes espalhadas em cinco estações pelo campus. Além das bikes, a universidade projetou ciclovias para pedaladas com segurança. 

Também em maio de 2014, a USP também implantou o PEDALUSP, para que alunos tenham acesso às bikes no campus, mas de forma bem mais tímida, com quatro bicicletas disponíveis.

Práticas como estas mostram que pensar a mobilidade está nas mãos de cada um e as instituições podem desempenhar um importante papel para ajudar a melhorar a realidade.

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