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Como transformar uma cidade com a força das pessoas?

Fazer. E depois de terminar fazer de novo, e assim por diante. É desse jeito “pé na porta” que iniciativas inovadoras e colaborativas de Porto Alegre estão ganhando força e cruzando as fronteiras do Rio Grande do Sul. Durante o 9º Culturas da Inovação, organizado pelo Consulado Britânico e NAGI (Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação) da PUCRS, os criativos do Shoot The Shit, TransLab, EMBARQ Brasil e UrbsNova apresentaram algumas ideias que saíram do papel e hoje estão transformando o modo como nos relacionamos com a cidade. A mediação foi de Walker Massa, do Nós Co-working.

Fernanda Boscaini apresentou trabalho feito com as cidades brasileiras. (Foto: EMBARQ Brasil)

“Cada vez mais percebemos que as pessoas estão dispostas a participar de projetos para melhorar as suas cidades. Queremos nos envolver”, comenta Fernanda Boscaini, gerente de Comunicação da EMBARQ Brasil durante o painel desta tarde. Nesse sentido, apontou a importância do investimento em canais de comunicação que conversem com diferentes públicos, como o TheCityFix Brasil, até processos mais complexos como o de participação social nas construções de novos projetos municipais, como o Plano de Mobilidade Urbana. “Esse diálogo é essencial para mapear as necessidades reais das pessoas, e ainda precisa crescer muito no nosso país. A partir disso, teremos chances de ver o Brasil se desenvolver por um caminho mais harmônico e sustentável”, afirma.

Um projeto que está colocando muitas mentes para pensar em alternativas na busca desse caminho é o TransLab, iniciativa apresentada por Liliane Basso, uma das organizadoras e professora de design da ESPM. “Nosso espaço é um local de co-criação da cidade. Queremos expandir os níveis de conhecimento e de interação com a urbe com a junção da Arte, Ciência, Tecnologia e Sociedade”, explica Liliane. Um dos projetos recentes feitos pela TransLab foi a criação de uma horta comunitária em frente a sua sede, na capital gaúcha. O resultado foi além do esperado. “Alguns vizinhos que iam viajar deixaram suas plantinhas lá na horta ao invés de deixa-las morrer em casa. Isso já é uma pequena mudança de comportamento urbano”, comemora Liliane.

Público pode debater junto com palestrantes nesta tarde. (Foto: EMBARQ Brasil)

A inspiração pela força coletiva também foi a chave do sucesso de outra iniciativa apresentada nessa tarde. Luciano Braga e muitos outros braços e mentes do Shoot The Shit – coletivo que desenvolve projetos de comunicação para impacto social – espalharam adesivos nas paradas de ônibus de Porto Alegre com o projeto “Que Ônibus Passa Aqui?”.

Na falta de informação disponibilizada pela prefeitura, os meninos resolveram ajudar, convidando os próprios usuários a escreverem as linhas que passavam pelas paradas. “Trabalhamos com ‘ativismo’ e também com outras ações junto a empresas privadas que querem ajudar a melhorar a cidade. Isso porque, acreditamos que fazer é muito mais importante do que dizer”, explica Braga.

E foi fazendo (e muito) que Jorge Piqué, da agência de inovação social UrbsNova, desenvolveu o Distrito Criativo na capital gaúcha. O projeto envolve ativação de empreendedores da economia criativa, escola de artes de música, hostels, bares e outros estabelecimentos culturais de uma área antes degrada da cidade. “A partir do desenvolvimento econômico dessas empresas, alimentamos a revitalização da região”, explica Piqué. O DC tem várias linhas de ação como, por exemplo, o Passeio das Artes que liga diversos estabelecimentos de arte e cultura numa mesma rota. Além disso, divulga os eventos destes estabelecimentos, ampliando a rede de alcance.

Painelistas reunidos no Culturas da Inovação na PUCRS. (Foto: EMBARQ Brasil)

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