É esse o mote da campanha lançada em abril deste ano pelo SPURBANUSS que ajudou a reduzir o índice de ônibus queimados na cidade de São Paulo.
As manifestações populares que clamaram por mais qualidade na mobilidade urbana e nos serviços de transporte coletivo levaram milhares às ruas e, em muitos casos, resultaram na queima de ônibus como forma de chamar a atenção da imprensa e garantir visibilidade aos movimentos. Como consequência, o primeiro semestre de 2014 registrou mais ocorrências de ônibus incendiados do que todo o ano de 2013: 76 casos até o começo de junho deste ano contra 53 em todo o ano passado.
Os atos violentos, contudo, além dos transtornos gerados, colocaram em risco a vida e integridade de passageiros e operadores. Com o objetivo de conscientizar a população e mudar o cenário que se desenhava, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPURBANUSS, em parceria com o CMT (Consórcio Metropolitano de Transportes) e a FECOOTRANSP (Federação das Cooperativas de Transporte do Estado de São Paulo), lançou a campanha com o slogan “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum.
A intenção foi sensibilizar as pessoas de modo geral e em particular o usuários do transporte coletivo para o fato de que a queima dos ônibus configurava um ataque ao próprio patrimônio da população. Composta de peças impressas, televisivas e para o rádio, a campanha foi veiculada entre o final de abril e o final de maio nos principais veículos da Região Metropolitana de São Paulo.
A repercussão positiva – mais de 150 matérias publicadas na mídia impressa e 206 mil visualizações do vídeo da campanha no YouTube (veja abaixo) – resultou em uma significativa redução do número de coletivos incendiados em São Paulo: ao final de junho, foram contabilizadas apenas quatro ocorrências – menos de um terço da média registrada nos cinco meses anteriores.
(Com informações de artigo de Francisco Christovam, presidente do SPURBANUSS, a ser publicado na próxima edição do Jornal do Instituto de Engenharia.)