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Quem são as pessoas que escolhem caminhar?

(Foto: Mo Riza/Flickr)

A prática de exercícios físicos é fundamental para a saúde. A recomendação de pelo menos meia hora por dia, ou 150 minutos por semana, não é à toa: os 30 minutos diários ajuda a acelerar o metabolismo e oxigenar o cérebro e melhoram o condicionamento físico, além de diminuir o risco de doenças cardiovasculares.

Caminhar pode ser uma boa pedida. E, sendo esse o caso, sabe-se que o ambiente urbano pode ser um estímulo ou um obstáculo. Diante disso, o Transport for London, departamento de transportes de Londres, deparou-se com duas questões: quem são as pessoas que escolhem caminhar e o que podemos fazer para que a população caminhe mais?

Um estudo realizado pelo departamento inglês procurou investigar essas perguntas e revelou alguns aspectos que se destacam entre aqueles que caminham. São, na maioria, pessoas jovens (entre 20 e 44 anos); mulheres tendem a caminhar mais do que homens, assim como os solteiros mais do que aqueles em um relacionamento. Além disso, outra questão chave foi a localização: os moradores das áreas centrais de Londres caminham mais do que os que moram em bairros mais periféricos. (Você pode conferir o estudo na íntegra aqui.)

Com o ambiente urbano mais denso populacionalmente e o transporte coletivo mais eficiente, seguido pelo fato de que dirigir tem se tornado cada vez mais motivo de estresse, as pessoas têm caminhado mais.

A ideia do Transport for London ao realizar a pesquisa foi estudar o comportamento da população a fim de identificar os diferentes públicos e incentivar o hábito da caminhada. Nesse sentido, a pesquisa mostrou que fatores como a fase da vida em que as pessoas se encontram (jovens, solteiras) e o estilo de vida que levam (moradores de áreas urbanas ou subúrbios) podem ter forte influência em quanto tempo dedicam a caminhadas.

Diferentes grupos têm diferentes visões sobre a questão. De acordo com o estudo, enquanto as pessoas classificadas como “urbanos ativos” tendem a enxergar o hábito de forma positiva – “caminhar é um meio agradável de se locomover”, aquelas com renda mais baixa têm opiniões mais negativas, como “caminhar é para quem não pode pagar por outro meio de se deslocar”.

Esses dados apontam uma oportunidade para o departamento de transportes inglês tentar mudar as atitudes da população, estimulando hábitos mais saudáveis. A pesquisa foi a fundo nas variáveis comportamentais por trás do hábito de caminhar; resta agora ver como a capital inglesa e outras cidades vão utilizar essas informações para trabalhar a mobilidade no dia a dia das pessoas.

Fonte: This Big City

 

 

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