Com o objetivo de buscar inspiração e aprofundar conhecimentos técnicos para seus projetos de mobilidade, uma comitiva do Governo Russo está em visita a três capitais brasileiras: São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. O grupo que compõe a missão – realizada pelo Banco Mundial com apoio da EMBARQ Brasil – é formado por representantes do Ministério de Transportes da Rússia, pesquisadores e secretários municipais de transporte. Acompanhe os detalhes da visita aqui no TheCityFix Brasil!
A delegação russa desembarcou em seu último destino, nesta quinta-feira: o Rio de Janeiro. A Cidade Maravilhosa tem inspirado diversas nações após a implementação do BRT TransOeste, o primeiro corredor exclusivo de ônibus de alta capacidade do Rio, que diminuiu o tempo de percurso da Barra da Tijuca até Santa Cruz pela metade. E foi exatamente este o foco da delegação russa em seu primeiro compromisso na cidade. O grupo foi recebido no Centro de Controle Operacional do TransOeste por Luiz Gustavo Barreto, assessor técnico da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR); Alexandre Castro, gerente de Operações do sistema, e Marcos Tognozzi, coordenador de Transportes da Zona Oeste.
O sistema carioca atende 100 mil pessoas, diariamente, ao longo dos 56 km de corredores exclusivos. Com apenas 1 ano de vida, o TransOeste já conquistou aprovação popular de 93%, conforme recente pesquisa realizada pela Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). Porém, o corredor que atende a Zona Oeste é apenas uma parte da grande rede que está sendo implementada no Rio de Janeiro para a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016. No total, serão 4 linhas de BRT – TransOeste, TransCarioca, TransBrasil, e TransOlímpica – que compreendem 150 km de corredores em diferentes zonas da cidade. Todo o sistema terá integração entre si e com outros modais, como o metrô, trem, ônibus convencionais e bicicletas públicas.
Luiz Gustavo explica a escolha pelo sistema: “O BRT é um modal que causa menos impactos ao meio ambiente. Primeiro, porque utilizamos o biodiesel e motor Euro 5 em toda a frota; segundo, diminui em 50% o número de ônibus que circulam na região; e terceiro, proporciona a reurbanização de áreas que atualmente estão degradadas”, afirma.
Para Alexandre Castro, principal responsável pela operação do TransOeste, a eficiência é o que torna o sistema diferente dos demais modais. “A nossa principal preocupação é garantir a rapidez do BRT, sempre. Temos esse compromisso com a população”, explica. Castro fez questão de lembrar que todos os motoristas recebem treinamento específico e acompanhamento psicológico antes de iniciar o trabalho de condução no BRT. Além disso, a comunicação entre a CCO e os motoristas é simultânea, o que garante ainda mais segurança no corredor. “Estamos investindo forte em pessoal especializado. Queremos formar a cultura do BRT, algo que não existia até pouco tempo e agora começa a se formar no Rio”, finaliza Castro.
Depois de visitar o CCO, o grupo seguiu para uma visita a campo no veículo biarticulado e a estação padrão do BRT carioca.