Nas grandes metrópoles mundo afora, grande parcela dos deslocamentos é realizada por transportes motorizados. O impacto disso é tão significativo que se as políticas públicas em prol da mobilidade urbana sustentável fossem efetivas, os países poderiam economizar cerca de 70 trilhões de dólares até 2050. É o que afirma o novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA).
Os veículos motorizados respondem por metade do consumo de petróleo e a um quinto de toda energia consumida no mundo. Segundo a IEA, a tendência é que os números dobrem até 2050, considerando que a população tende a migrar para as cidades cada vez mais. Além disso, o relatório afirma que o número de veículos vai dobrar e o congestionamento vai ser seis vezes maior.
Para amenizar os futuros problemas decorrentes disso e incentivar o desenvolvimento sustentável urbano, a IEA sugere três ações: evitar, mudar e melhorar – a mesma metodologia adotada pela rede EMBARQ, produtora deste blog:
– Evitar a necessidade de usar o transporte motorizado;
– Mudar o deslocamento por veículo particular, adotando a bicicleta, as viagens a pé e de transporte coletivo;
– Melhorar as políticas públicas para que os sistemas de transporte sejam mais eficientes em termos de consumo energético.

Transporte sustentável representa saúde para as pessoas e economia para as cidades. (Foto: Mikael Colville Andersen)
“Os governos devem pensar além do individualismo e das eleições. Eles devem considerar como construir e revitalizar cidades que vão acomodar e transportar cerca de 6,3 bilhões de pessoas até 2050. Temos muito a pensar e planejar a infraestrutura, logística e sistema de energia. Faz todo sentido hoje e nas próximas décadas”, avalia a diretora da IEA, Maria Van Der Hoeven, ao Inhabitat.
Fonte: Inhabitat