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O ar que respiramos

Camada de poluição em São Paulo (Foto: Atitude Eco)

Os efeitos que as substâncias poluentes presentes no ar causam na saúde das pessoas e no meio ambiente são consideráveis. Doenças respiratórios, acidificação da água, corrosão de materiais, perdas na biodiversidade e no rendimento das culturas agrícolas são algumas das consequências mais óbvias.

Em São Paulo, maior cidade da América Latina, dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) mostraram que os índices de poluição registrados em 2012 na capital foram os piores dos últimos oito anos. E o que causa essa fumaça? De acordo com a mesma companhia, em toda a região metropolitana, 90% da poluição atmosférica vêm do setor de transportes.

E o problema não está só em São Paulo. Pelo contrário: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos um milhão e meio de pessoas morrem todos os anos no mundo em decorrência de doenças respiratórias atribuídas à queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel). Trata-se, afinal, de um problema de saúde mundial.

Diante desse cenário, a European Environment Agency (EEA), organização que anualmente publica relatórios sobre o meio ambiente, dedicou a edição de 2013 integralmente à qualidade do ar. O relatório intitulado Every Breath We Take – Signals 2013 consiste em um compilado de artigos, curtos e acessíveis, que atentam para diversas questões referentes ao tema. Entre outros assuntos, estão lá a situação do ar na Europa hoje, principais fontes de informação, ligações entre as mudanças climáticas e o ar, a maneira como diferentes poluentes podem transformar a atmosfera e uma visão geral da legislação europeia no que diz respeito à qualidade do ar.

O relatório, preparado no contexto do European Year of Air, foi feito para transformar em conhecimento público a dimensão dos problemas causados pela poluição e promover a conscientização das pessoas. Para isso, os organizadores buscaram a interação: a publicação foi ilustrada com fotos tiradas pelo público e organizadas pela EEA, que previamente havia pedido aos participantes que contassem suas histórias em três fotografias. A ideia é mostrar que é possível mudar e que os resultados dessa mudança representam um ganho para todos.

Mude!

E o que fazer para mudar essa realidade ou, pelo menos, para não contribuir com ela? Por incrível que pareça, não é preciso muito. Sozinho, você pode fazer a sua parte todos os dias a partir de pequenas mudanças.

Para começar, opte por outras alternativas de transporte. Caminhar, pedalar, pegar um ônibus ou uma carona podem mudar muita coisa: um carro que fica na garagem um dia por semana deixa de emitir 440 quilos de gás carbônico por ano. Mas se você ainda não está preparado para deixar de usar o carro, saiba que a maneira como você dirige também faz diferença: a maioria dos motoristas pode reduzir seu consumo de combustível em até 20% dirigindo com mais calma e em velocidade mais baixa. Mude!

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