Chegamos ao futuro. Essa é a impressão que passa o The Crystal, o prédio supertecnológico e sustentável construído em uma área de 6,3 mil metros quadrados pela Siemens, em Londres. Inaugurado em setembro deste ano, o local promete ser a “meca” da sustentabilidade para os países desenvolvidos e em desenvolvimento, com espaço exclusivo para conferências internacionais sobre o tema, instalações interativas e especialistas. O grande objetivo é estender o diálogo sobre o crescimento sustentável das cidades do futuro.
O prédio é dividido em 10 setores-chave e propõe que os visitantes participem da construção de sua cidade. Os jogos estão dispostos por várias salas, onde as pessoas têm o desafio de encontrar as opções menos agressivas ao meio ambiente e mais prósperas para a economia local. Os jogos são totalmente interativos e lembram que não existe uma receita pronta para a sustentabilidade. Cada cidade tem uma demanda original e exige decisões baseadas na realidade local.
No setor de Infraestrutura e Cidades, por exemplo, existe uma equipe multidisciplinar de especialistas que trabalham para entender como ajudar cada cidade a se tornar mais sustentável. Já o setor de Transportes também é lembrado como uma das questões mais fundamentais para o desenvolvimento das cidades e a importância de investimento em transporte coletivo de qualidade.
Na galeria interativa, há exemplos de boas práticas ao redor do mundo, como o caso do sistema Bus Rapid Transit, nascido em Curitiba na década de 1970. Também o incentivo ao uso da bicicleta, por meio de construção de ciclovias e ciclofaixas, é lembrado como uma decisão de sucesso e ambientalmente inteligente para melhorar a mobilidade urbana.
Mas não basta apenas abrigar questões relevantes para a sustentabilidade das cidades do futuro, também é preciso dar o exemplo. Por isso, o The Crystal foi pensado de forma sustentável desde sua concepção. Com custo de 35 milhões de euros, toda energia consumida por seus escritórios é gerada pela própria estrutura, sem nenhum tipo de uso de combustível fóssil.
Segundo a Siemens, suas emissões de CO2 serão 65% mais baixas do que a de outros edifícios similares. Isso porque, dois terços da cobertura do edifício é revestida de painéis solares que geram aproximadamente 20% de seu consumo de energia elétrica. Além disso, o prédio reaproveita a água da chuva e é todo de vidro, facilitando a entrada de luz natural.
Vamos pensar, juntos, em como transformar nossas cidades em locais melhores para se viver? Clique aqui e faça um passeio pelo The Crystal na reportagem de Ana Carolina Abar, exibida pelo programa Cidades e Soluções da GloboNews.
A dica deste post foi da engenheira e colaboradora do TheCityFix Brasil, Marta Obelheiro. Obrigada, Marta! Envie também a sua sugestão de pauta para mcavalcanti@embarqbrasil.org.