O último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, em 2010, mostra que 10.825 motociclistas morreram no trânsito – uma média de quase 30 pessoas por dia. Os números assustam com razão e chamam atenção para o que muitos especialistas em segurança viária e saúde pública chamam de “epidemia do trânsito”. Pensando em frear esta estatística que tende a crescer, Detrans de 24 estados vão propor mudanças no Código de Trânsito Brasileiro para quem dirige motos. A iniciativa foi apresentada no Congresso Internacional de Trânsito, na última semana, em Porto Alegre.
Entre as principais mudanças, está a decisão de desenvolver aulas práticas em vias públicas. Para isso, a carga horária passaria de 20 horas/aula para 30 horas/aula. Outra proposta que está em evidência deve mudar totalmente o jeito dos motociclistas se deslocarem pelas ruas. A ideia é proibir a circulação das motos nos “corredores” entre os carros. O motociclista só vai poder usar o espaço quando o trânsito estiver parado.
Para salvar vidas
Alguns motoboys alegam que a medida pode acabar com a produtividade do serviço e, a longo prazo, com a própria profissão. Porém, para o diretor-presidente do Detran-RS, Alessandro Barcellos, a perda de tempo resultaria em ganho de vidas. “Nós não podemos aceitar que esta vantagem tenha o preço de uma vida. Portanto, nós acreditamos que é importante este balanço entre a vantagem de se ter um produto na sua casa, um serviço, e de termos uma vida poupada no trânsito”, comenta.
A previsão, na primeira semana de agosto, é que ocorra reunião do grupo técnico, formado por representantes de todos os estados em Brasília. Na ocasião, deverá ser elaborado um documento único que será encaminhado ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Se aprovado, segue para apreciação do Congresso.
Clique aqui e assista matéria do Jornal Nacional sobre o assunto.
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Fontes: G1 e Zero Hora