
Estação Novo Leblon foi apresentada dia 20 de setembro pelo prefeito Eduardo Paes (Foto: Divulgação)
O Rio é uma das principais cidades brasileiras que já iniciaram a implementação do sistema sustentável de transporte público, Bus Rapid Transit (BRT), como já comentamos aqui. No total serão 123 km de corredores exclusivos aos ônibus de alta velocidade, distribuídos em três principais rotas: Transoeste, Transcarioca e Transolímpica.
No final do último mês, a Prefeitura apresentou a primeira estação do sistema carioca, a Novo Leblon, que integrará o percurso da Transoeste. A estrutura vai servir de modelo para a população e os engenheiros avaliarem o funcionamento e se familiarizarem com a futura opção de transporte público da cidade, já que todas as estações BRT seguirão o mesmo padrão, podendo variar de extensão de acordo com a demanda por região.
“A imagem de marca do BRT para o Rio de Janeiro vai ser essa estação, assim como foi no BRT de Curitiba, com aquela estrutura tubular. A gente desenvolveu o projeto de arquitetura em um escritório aqui do Rio, criando uma estrutura bonita e de qualidade”, ressalta Alexandre Risso, engenheiro de vias especiais da Secretaria Municipal de Obras.
Características
Produzida toda em chapas de aço, a estação BRT Novo Leblon tem 250 m² de área interna e uma arquitetura que permitiu a criação de um ambiente iluminado e arejado, sem o uso de equipamentos que consomem energia. Mesmo trabalhando em sua capacidade máxima, de 5 mil passageiros por hora, a estrutura foi projetada com paredes duplas e material isolante para garantir uma temperatura agradável na estação sem a necessidade de instalação de ar condicionados.
Além do conforto, a estação contará com piso tátil e garante total acessibilidade a portadores de necessidades especiais, idosos ou mesmo mulheres com carrinhos de bebê. A colocação das plataformas no mesmo nível do piso dos ônibus, a 95 cm do solo, dispensa o uso de mecanismos de elevação, o que facilita o embarque e desembarque.
Outro ponto que garante mais agilidade é a roleta de pagamento eletrônico na entrada da estação, e não no interior dos ônibus, parecido com o sistema do metrô. A venda dos bilhetes é realizada fora das estações por meio de recarga dos cartões.
Esperar ficou fácil
O tempo de espera entre um ônibus e outro será de um a um minuto e meio apenas. Além disso, serão fornecidas informações sobre o funcionamento do sistema nos painéis de LCD instalados no interior das estações, que também contam com estrutura de bancos e lixeiras.
Previsto para ficar pronto no primeiro semestre de 2012, o corredor Transoeste terá 64 estações, algumas delas integradas a outros meios de transporte, como trens e metrô. A previsão é que o sistema beneficie 220 mil pessoas por dia, reduzindo o tempo entre os bairros da Zona Oeste – Santa Cruz, Campo Grande e Barra da Tijuca – pela metade.
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