A segunda maior economia e maior emissor de gases do efeito estufa (GEE) do mundo, a emergente República Popular da China (RPC) mostra ousadia e anuncia que criará um mercado piloto de emissões de GEE no país, segundo pronunciamento do vice-ministro encarregado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Xie Zhenhua, no último domingo durante a 2011 Eco-Forum Global, em Guiyang.
O país planeja também a criação de um sistema padronizado para promover eficiência energética e proteção ambiental, além de regulamentos mais estritos para a identificação e etiquetagem de produtos com baixo teor de carbono.
Segundo a agência oficial chinesa, Xinhua, a RPC está determinada a encarecer produtos de uso intensivo de matéria prima ao adotar, por exemplo, preços diferenciados de energia e tarifas punitivas para uso de energia elétrica.
Em contrapartida, o governo iria criar incentivos para o desenvolvimento de tecnologias de conservação de energia e produtos, tais como políticas de taxação favorável a produtos mais sustentáveis. A China pretende ainda impulsionar financeiramente projetos de energia verde e gerenciar o crescimento de indústrias de uso intensivo de energia, segundo o vice-ministro.
A capacidade da economia verde na China superou o valor de 1.6 trilhões de Yuans, aproximadamente US$ 231,9 bilhões, durante o período do Décimo Primeiro Plano Quinquenal (2006-2010), que criou 28 milhões de empregos no país.