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Paradas e estações diferenciadas melhoram a experiência dos usuários de transporte coletivo
parada verde caxias do sul

Parada Verde em Caxias do Sul (RS): restauração sustentável no ponto de ônibus (Foto: Divulgação)

Quem já esperou por um ônibus na chuva em um ponto sem cobertura sabe como isso pode ser, no mínimo, desanimador. A experiência no transporte coletivo contempla muito mais do que apenas o trajeto realizado: está relacionada, também, ao cumprimento dos horários, ao intervalo das viagens, à integração das linhas e ao conforto para o passageiro. Nesse contexto, as paradas e estações têm um papel muito importante.

Em média, aproximadamente 30% dos deslocamentos diários são realizados via transporte ativo nas grandes cidades brasileiras. De acordo com o documento “Orientações para Política Pública – Acessibilidade do Transporte Coletivo”, elaborado pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis em parceria com a Fia Foundation, o programa Share the Road, da UNEP, e o Instituto Clima e Sociedade (iCS), é importante garantir que o entorno das estações seja amigável para os pedestres e atenda às normas de desenho universal, a fim de que o transporte coletivo seja realmente acessível e para todos. Para isso, é preciso pensar nas infraestruturas urbanas que auxiliam ou dificultam esse acesso.

Do sistema de transporte, fazem parte as calçadas, as travessias, o acesso e o interior das estações, que também consideram paradas e pontos de embarque e desembarque. Esses ambientes devem oferecer informações sobre o sistema, como linhas e horários de ônibus, além de permitir o acesso seguro e que preveja total autonomia do usuário.

Parada Verde (Foto: Divulgação)

Parada Verde (Foto: Divulgação)

Em paralelo aos padrões de acessibilidade, outras iniciativas podem tornar esses espaços mais atrativos – ou mesmo lhes conferir um propósito maior.

Em Caxias do Sul (RS), um ponto de ônibus foi restaurado e recebeu um telhado verde que traz benefícios ambientais e térmicos. Ainda na cobertura, foram instaladas duas placas fotovoltaicas que tornam a parada energeticamente autossuficiente e produzem energia para alimentar tanto o totem com pontos de recarga para dispositivos móveis quanto a iluminação do equipamento urbano, com lâmpadas de LED. Madeira plástica é o material utilizado nos telhados e bancos, que também reaproveitaram assentos de ônibus antigos e inutilizados. Para o conforto térmico dos usuários, o espaço é fechado com vidro laminado. A realização da obra foi fruto da parceria entre ecco! archi studio e Visate com empresas patrocinadoras.

Pelo mundo

Em 2009, um projeto parecido foi realizado na Holanda, na cidade de Eindhoven (abaixo). O espaço verde da parada de ônibus oferece um ambiente agradável para as pessoas esperarem pelo embarque.

Eindhoven’s Green Bus Stop (Foto: Divulgação)

Eindhoven’s Green Bus Stop (Foto: Divulgação)

No Kentucky, nos Estados Unidos, uma estrutura feita com garrafas de vidro também utiliza lâmpadas LED alimentadas pela energia solar, que iluminam a parada à noite. Durante o dia, a luz solar é filtrada através das garrafas, como em um vitral.

(Foto: Reprodução, BroCoLoco)

(Foto: Reprodução, BroCoLoco)

E Dubai, nos Emirados Árabes, equipou um ponto de ônibus com ar-condicionado para ajudar os passageiros a suportarem o calor tradicional da cidade. A estrutura também protege as pessoas de possíveis tempestades de poeira.

(Foto: Elvis Payne, Flickr)

(Foto: Elvis Payne, Flickr)

Levando em consideração as orientações desenvolvidas pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis, os projetos de estações e paradas de ônibus podem realmente influenciar a escolha pelo transporte coletivo para os deslocamentos diários. Não se trata apenas de beleza ou conforto, mas de prestar um serviço que ofereça, também, qualidade de vida para as pessoas.

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