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Friday Fun: cinco filmes sobre as cidades

Em papéis principais ou secundários, distópicos ou realistas, as cidades têm importante função no cinema. Desde o primeiro filme produzido, o ambiente urbano sempre foi utilizado como importante elemento de contextualização. A sétima arte tem o poder de nos fazer notar as inspirações e problematizações que as cidades promovem em nossa vida.

Muitas vezes, amplificam com maior facilidade conceitos que estudos e pesquisas registram em diversas páginas. Isso pode ser feito de maneira realista, apresentando vieses cotidianos, ou em incursões fictícias sobre um futuro. Ainda que a trama principal esteja voltada para comédias, histórias de amor ou dramas – a cidade remanesce.

Veja cinco filmes que abordam a temática urbana e suas implicações na vida humana:

Medianeras

O papel da cidade é inegável. Buenos Aires, com seus prédios e formatos, enfatiza a solidão urbana que assola a personagem principal. O Portal Arquitetônico explica a felicidade com a qual o diretor Gustavo Taretto relata o filme: “dois personagens são apresentados com suas individualidades e vida ocorrendo em um cenário bem comum: apartamentos pequenos, no padrão imobiliário atual, com pequenas aberturas para o exterior e uma arquitetura que não prioriza a iluminação natural e o conforto ambiental. Prioriza o novo ideal de cidade isolada, onde cada indivíduo possui seu espaço e pode estar alheio ao mundo que o cerca”.

A Escala Humana (The Human Scale – documentário)

O arquiteto e professor dinamarquês Jan Gehl documentou o comportamento humano nas cidades durante 40 anos. Com base na premissa de que 50% do mundo vive em áreas urbanas e que até 2050 esse número chegará a 66%, ele documentou como cidades modernas repelem a interação humana, e argumenta que podemos construir cidades em um caminho pelo qual as necessidades humanas são incluídas, levando em conta a intimidade.

O documentário é um grande questionamento sobre os pressupostos da modernidade, explorando o que acontece quando colocamos pessoas no centro do nosso planejamento. A vida numa megacidade é encantadora e problemática ao mesmo tempo. Hoje, enfrentamos o alto consumo do petróleo, mudanças climáticas, solidão e problemas graves de saúde devido ao nosso modo de vida. Mas por quê?

A Conversação (The Conversation)

O filme de Francis Coppola, de 1974, trata de um expert em vigilância que é contratado para gravar a conversa de um casal de amantes. A crítica destaca no filme o forte olhar crítico ao processo de degradação do indivíduo na metrópole moderna. “O desvelamento da ‘alma’ deste personagem dentro da cultura urbana americana torna-se um dos pontos altos do filme: é o olhar de Copolla frente à destruição de valores humanos como preço do progresso material no espaço urbano”, destaca o site Tela Crítica.

Elevado 3.5

Um filme brasileiro que mostra a realidade e a coexistência de pessoas que vivem ao redor do Elevado Presidente Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão, construído na zona central de São Paulo durante a ditadura militar. Segundo o Arch Daily, o espectador é levado a enxergar diferentes pontos de vista: “Por cima e por baixo do viaduto, sob sua sombra ou à luz da cidade, o documentário se desenvolve através das histórias das personagens que convivem cotidianamente com esta grande estrutura de concreto”.

Urbanized

Esse é um documentário sobre o desenho de cidades. Com depoimentos de Sir Norman Foster, Rem Koolhaas, Jan Gehl, Oscar Niemeyer, Amanda Burden e Enrique Peñalosa, o filme faz uma reflexão sobre quem tem permissão para moldar nossas cidades. Fala como através da exploração de diferentes projetos urbanos em dezenas de cidades ao redor do mundo.

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