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Acordo climático deve ser ratificado com recorde de assinaturas no Dia da Terra

2015. O mesmo ano que traz o estigma de ser o mais quente da história – ao que tudo indica, apenas por enquanto – é, também, aquele em que 196 nações de todo o mundo se reuniram para formular o compromisso de impedir o constante aquecimento do planeta. Em dezembro de 2015, a COP 21 foi assinalada como um momento histórico para a o futuro de nosso planeta. Agora, quatro meses depois, a partir do dia 22 de abril, o documento estará disponível para a assinatura oficial das nações.

Segundo a ONU, mais de 130 países já confirmaram presença para assinar o acordo no próprio dia 22, data de abertura do documento para assinaturas. Esse número possui caráter positivo, pois supera o recorde anterior de 119 assinaturas alcançado pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de Montego Bay, na Jamaica, em 1982.

Antes mesmo que 2016 começasse, estudos apontavam que ele quebraria o recorde de ano mais quente desde o início dos registros, em 1880. Então, o primeiro mês de 2016 já despontou como o novo mês mais quente da história, apresentando o que os cientistas chamaram “anomalia de temperatura”, que significa simplesmente um desvio em relação à média de um determinado período.

É evidente, portanto, a importância do maior número possível de assinaturas já no primeiro dia, durante a cerimônia que acontecerá na sede da ONU no dia 22 de abril. Dos 130 países confirmados, mais de 60 chefes de Estado e de governo estarão na cerimônia, incluindo o presidente francês, François Hollande, demonstrando o crescente nível de engajamento dos líderes mundiais para aceitar e implementar o acordo. Isso significa o primeiro passo para garantir que o acordo entrará em vigor o mais rápido possível.

“O documento vigorará 30 dias depois que ao menos 55 países, respondendo por 55% das emissões de gases de efeito estufa, depositarem seus instrumentos de ratificação ou aceitação com o secretário-geral”, destaca a notícia da ONU Brasil. Além disso, alguns países já indicaram que irão depositar seus instrumentos de ratificação imediatamente depois de assinarem o acordo.

O dia 22 de abril foi escolhido por ser o Dia Internacional da Terra. Motivo pelo qual o Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou a campanha “Árvore pela Terra”. Neste ano, o Pnuma fomenta uma nova meta em celebração ao Dia da Terra: que exista, até 2020, uma árvore para cada habitante do planeta. Com a campanha, o Pnuma quer mobilizar os 7 bilhões de habitantes do planeta a plantarem uma árvore, para que a meta seja alcançada o quanto antes.

Por quê?

A relação entre o Acordo de Paris e as árvores é explicada de forma simples: as florestas são aliadas no combate à mudança climática e na restauração do balanço ecológico do planeta. Além, claro, do elemento crucial do qual elas dispõe que é a absorção de carbono, limpar o ar, manter o fluxo dos rios e estabilizar os solos. As árvores também ajudam a reciclar nutrientes para a agricultura e servem de habitat para várias espécies de animais.

Para celebrar a assinatura do acordo e o Dia da Terra, o Pnuma convidou as pessoas a realizar uma entre as seguintes opções: plantar uma árvore, abraçar uma árvore ou tirar uma foto de sua árvore favorita. As imagens das ações podem ser postadas no Facebook ou no Twitter, usando as hashtags #ParisAgreement, #Trees4Earth e #EarthDay2016.

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