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Mudanças climáticas podem gerar rombo trilionário para a econômia mundial

(Foto: Muriel Gottrop~commonswiki – CC)

O fator econômico não passa ileso por um cenário de efeitos das mudanças climáticas. Segundo estudo divulgado hoje (4/4) pelo Instituto de Pesquisa Grantham sobre Mudanças do Clima e do Ambiente na London School of Economics and Political Science and Vivid Economics, as mudanças climáticas podem gerar um rombo de US$ 2,5 trilhões no valor dos ativos financeiros em todo o mundo, de acordo com a primeira grande estimativa de modelagem econômica já realizada sobre o assunto.

O montante leva em conta o cenário da temperatura média da superfície global ao alcançar 2,5° C acima do nível pré-industrial, até 2100. As informações são do Planeta Sustentável, que asseverou como “nos piores cenários, muitas vezes usados pelos reguladores para verificar a saúde financeira das empresas e das economias, as perdas poderiam subir para US$ 24 trilhões, ou 17% de todos os ativos do mundo, e arruinar a economia global”.

As perdas aconteceriam tanto de maneira direta quanto indireta. Há duas formas: uma redução nos lucros para os afetados por altas temperaturas, secas, entre outros eventos decorrentes da mudança climática; e a destruição de ativos devido ao aumento de eventos climáticos extremos.

“Ao longo dos últimos anos, os modelos econômicos vêm gerando estimativas cada vez mais pessimistas sobre os impactos do aquecimento global sobre o crescimento econômico futuro. Mas também descobrimos que cortar os gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a não mais do que 2°C reduz substancialmente o valor em risco frente ao clima.”, pontuou o pesquisador Simon Dietz, um dos autores da pesquisa, em reportagem da Exame.com.

Em janeiro deste ano, durante o Fórum Econômico Mundial, o alerta sobre fracassar na adaptação e mitigação  das mudanças climáticas foi dado. Economistas estão atentos aos impactos para a economia global. No entanto, caso o aquecimento seja limitado a 2°C, até 2100, o impacto financeiro seria reduzido significativamente.  O valor médio dos ativos financeiros globais em risco seria, nesse caso, de US$ 1,7 trilhão, com 1% chance de que US$ 13,2 trilhões em risco.

É primordial, portanto, cumprir o acordo firmado por 195 países durante a COP 21. Afinal, o objetivo assinado pelas nações é reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2100, trocando os combustíveis fósseis por energias mais limpas, como a eólica e a solar.

(Fonte: Revista Exame, Planeta Sustentável)

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