
Lisboa investe na revitalização de vias para tornar a área central mais segura e agradável para as pessoas (Foto: Andy Wlaker/Flickr)
Na Biologia, a noção de sucessão ecológica diz respeito às mudanças sofridas por determinada área, que gradualmente evolui, atingindo nova diversidade. A transferência desse conceito para os ambientes urbanos nos leva à revitalização – modificar um ambiente a partir de suas próprias configurações, transformando-o em uma área nova, de certa forma evoluída em relação ao cenário anterior. No dicionário, uma das definições da palavra revitalizar é particularmente inspiradora: insuflar nova vida.
Em Lisboa, um novo exemplo de transformação de ambientes urbanos está se concretizando. Até 2017, obras de requalificação do eixo central da cidade devem tornar a área mais verde, com mais espaço e segurança para pedestres, menos carros, mais vida. O projeto, orçado em 7,5 milhões de euros, vai revitalizar o trecho entre Picoas e Saldanha, passando pelas avenidas da República e Fontes Pereira de Melo.
O projeto de revitalização é parte do programa Uma Praça em cada Bairro, lançado em maio de 2014 com o objetivo de criar nos bairros da capital portuguesa um ponto de encontro para os moradores locais. Um local “que se consagre como espaço público de excelência e local de estar, onde se privilegiem os modos suaves de locomoção, a caminhada e as bicicletas, os transportes públicos, e onde o trânsito de automóveis será condicionado”.
A Avenida Duque D’Ávila, transversal ao trecho que será revitalizado agora, já foi modificada é o exemplo dos benefícios trazidos pela mudança:

Antes e depois na Avenida Duque D’Ávila, em Lisboa (Imagem: Urb-I/Reprodução)
O projeto para o trecho nas avenidas República e Fontes Pereira de Melo prevê um corredor de árvores, o alargamento das calçadas, a construção de uma ciclovia, além de novas áreas de descanso e convívio.
Somos nós, as pessoas, que levamos vida para as ruas – mas esse movimento depende das condições dessas ruas. As mudanças, quando concretizadas, transformarão espaços centrais de Lisboa, hoje majoritariamente ocupados pelos carros, em um ambiente mais seguro, agradável e humano – atraindo as pessoas e, consequentemente, uma nova vida ao lugar.
(Fontes: Mobilize, Câmara Municipal de Lisboa)