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Estocolmo: pesquisa propõe o financiamento de infraestrutura cicloviária a partir da taxação de congestionamentos

Pesquisa propõe medidas para aumentar o investimento em infraestrutura cicloviária e desestimular o uso do carro em Estocolmo (Foto: Design for Health/Flickr)

Diferentes estudos já mostraram que o investimento em infraestrutura cicloviária traz benefícios econômicos consideráveis para as cidades. Os recursos destinados à priorização da bicicleta e qualificação das condições para ciclistas retornam sob a forma de um ambiente mais saudável, com menos congestionamentos e mais qualidade de vida para as pessoas.

Em Estocolmo, pesquisadores do Royal Institute of Technology (RIT) propuseram uma nova solução para reduzir o uso do carro na cidade e, ao mesmo tempo, investir em infraestrutura cicloviária: destinar a verba arrecadada com uma política de taxação de congestionamentos em melhorias para ciclistas.

Tudo começou com o projeto Um Ano Livre do Carro. Três famílias participaram da pesquisa e, durante um ano, testaram como é viver sem usar o carro nos moldes tradicionais. Como substitutos, foram utilizados modos sustentáveis, como veículos elétricos, quadriciclos e bicicletas. Com base nas vantagens e desvantagens apontadas pelas famílias durante a experiência, os pesquisadores desenvolveram propostas para a cidade impulsionar a mudança do carro para opções sustentáveis.

Durante a pesquisa, famílias suecas experimentaram passar um ano sem carro (Foto: Green Leap/Reprodução)

Conforme o projeto, a ideia é que os moradores que se deslocarem de carro paguem uma taxa pelo uso enquanto os que optarem pela bicicleta recebam créditos – pontos que podem ser revertidos em serviços de manutenção, por exemplo. Em paralelo, os recursos gerados pela taxação de congestionamento beneficiarão quatro pilares no que diz respeito ao uso da bicicleta: infraestrutura, regulamentação, serviços e a criação de um sistema de informações.

Outros pontos abordados no estudo referem-se à segurança e à integração. Os pesquisadores sugerem a construção de uma rodovia exclusiva para as bicicletas com duas faixas – uma para ciclistas mais rápidos e outra para os mais lentos –, além da permissão de que sejam utilizadas nos meios de transporte coletivo, como trens e metrô. “Para dar certo, a mobilidade precisa ser integrada”, afirma Mia Hesselgre, uma das responsáveis pelo estudo, em entrevista ao Dagens Nyheter. “Uma cidade completamente livre de carros é uma utopia, mas fazer com que cada vez mais pessoas se libertem da dependência do carro não”, finaliza.

(Fontes: Vá de Bike, Dagens Nyheter, Green Leap)

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