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Nossa Cidade: A COP 21 e o maior acordo climático da história

 

O projeto Nossa Cidade, do TheCityFix Brasil, explora questões importantes para a construção de cidades sustentáveis.

A cada mês um tema diferente.

Com a colaboração e a expertise dos especialistas do WRI Brasil Cidades Sustentáveis, as séries trazem artigos especiais sobre planejamento urbano, mobilidade sustentável, gênero, resiliência, entre outros temas essenciais para um desenvolvimento mais sustentável de nossas cidades

 

 

 

A COP 21 e o maior acordo climático da história

O ano de 2015 ficará marcado na história. Afinal, o mesmo ano que sobe, aos poucos, ao primeiro lugar no ranking de ano mais quente da história, servirá também, de 30 de novembro a 10 de dezembro, para que 196 países assinem mais do que um documento, mas o comprometimento de impedir que o aquecimento do planeta continue a ser uma realidade.

(Foto: Divulgação/UNFCCC)

Estamos prestes a vivenciar a assinatura do maior acordo climático da história. A Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), a ser realizada em Paris, vai substituir o Protocolo de Kyoto, e ao contrário dele, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, a COP 21 será um acordo global que envolverá mais de 196 nações.

Vivemos, portanto, um momento crucial na tomada de decisões e mudança de hábitos que assegurem um futuro com menos emissões de carbono. Por isso, o principal objetivo da conferência é que todas essas nações cheguem ao acordo global, válido para todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento, para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, reduzindo o aquecimento global e limitando o aumento da temperatura do planeta em 2º até 2100.

Mas o que é o COP21?

A comissão francesa de organização do evento preparou um infográfico excelente para explicar o que é o COP21 e quais são seus propósitos:

Metas individuais para o acordo global

No decorrer do ano, os países apresentaram propostas e alternativas de como podem contribuir para esse esforço coletivo. As Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, os chamados INDCs, são documentos com as pretensões dos países para reduzir e remover as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). Todos os governos devem apresentar, no sentido de conseguir um acordo climático global, suas propostas de INDC. O brasileiro já foi anunciado ao COP e está disponível na plataforma.

Até agora, foram apresentadas 119 metas. Se somadas, as propostas representam 86% das emissões de carbono do mundo. Nunca antes na história deste planeta tantas nações voluntariaram tantas propostas para combater a mudança climática. A mera existência das INDCs torna um vislumbre positivo para o acordo de Paris.

Os INDCs poderiam restringir o aumento das emissões dos 49 GtCO2/ano (bilhões de toneladas de CO2 por ano) de 2010 para 56,7 GtCO2/ano até 2030 – número equivalente a quatro bilhões a menos do projetado se nenhuma medida for tomada, como pontua o G1 sobre um novo relatório.

2015, um marco

“A nossa civilização nunca se deparou com os atuais riscos existenciais, designadamente os associados ao aquecimento global, destruição da biodiversidade e esgotamento de recursos. As nossas sociedades nunca tiveram uma tal oportunidade para promover o avanço da prosperidade e a erradicação da pobreza. Chegou a hora de optarmos por uma via para a sustentabilidade ou continuarmos fiéis à atual atitude de indiferença rumo à destruição”, assim começa o texto elaborado pela Earth League (Liga da Terra) – uma rede internacional de cientistas estudiosos das mudanças globais. O texto ficou conhecido como a Declaração da Terra, um conjunto de oito ações essenciais às discussões da Cúpula do Clima (COP21), em Paris, em dezembro.

O imediatismo da Declaração da Terra é conhecido. Se ultrapassados esses 2 graus que o Protocolo de Paris pretende mitigar, cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam consequências como extinção de espécies da fauna e da flora, alteração na frequência e intensidade das chuvas – que interfere na agricultura, por exemplo – assim como, a elevação do nível do mar e intensificação dos fenômenos meteorológicos extremos, como tempestades e secas prolongadas, derretimento dos polos e aumento do nível dos oceanos.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon se mantém firme sobre a importância do assunto. Em recente declaração, Ban afirmou que tem alertado os Estados-membros de que “não temos plano B porque não temos um planeta B”.

“É muito frustrante ver que os negociadores têm negociado apenas baseados em suas perspectivas nacionais muito estreitas. Esta não é uma questão de uma nação individual, este é um assunto global”, disse, em visita a Bratislava, na Eslováquia.

Nossa casa, nossas ações

 

 

As mudanças climáticas são realidade, e as emissões de gás carbônico precisam desacelerar. Sabemos disso há tempos. A COP 21 apresenta uma oportunidade de que vislumbremos um futuro de baixo carbono para a sobrevivência da terra. Para que as consequências das mudanças climáticas parem de ressoar e que possamos tomar ações que envolvam um futuro positivo para nossa casa, nosso planeta. As metas que serão assinadas na COP 21, podem alterar o rumo de nossas vidas. Precisamos estar atentos a todos os acordos firmados. Afinal, eles levam o emblema de serem assinados por governantes, mas são, acima de tudo, nossos. É nossa tarefa cobrar que aconteçam e ajudar a cumpri-los.

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