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Pesquisa busca táticas de comunicação para melhorar compreensão sobre mudanças climáticas

O clima é assunto diário. Além da presença nas agendas jornalísticas, o tema é objeto de pesquisas cientificas, assim como está em discursos de líderes mundiais. Há emissores suficientes para o assunto; fontes especializadas como cientistas e climatologistas. O público, entretanto, nem sempre recebe o assunto com a clareza devida. Esse foi o resultado de uma pesquisa encomendada pelo Instituto Arapyaú, em parceria com o Observatório do Clima e desenvolvida por antropólogos e pelo Instituto Frameworks.

Escuta-se falar em buracos na camada de ozônio, gases de efeito estufa, secas contínuas, poluição, chuvas fora de época, problemas respiratórios e outras questões relacionadas às mudanças climáticas, mas ainda confundem a cabeça do brasileiro.

Em entrevista à rádio Amazônia Brasileira, Guilherme Heurich, antropólogo do Instituto Frameworks, explicou a metodologia adotada pela pesquisa: “a primeira etapa foi realizada uma série de entrevistas com 12 especialistas brasileiros sobre mudanças climáticas, na tentativa de mapear o discurso deles sobre o tema. A segunda fase foi feita com o público em geral, em cinco capitais, tratando de várias questões sobre mudanças climáticas, fundamentalmente abertas, permitindo que o entrevistado elaborasse os conceitos sobre o tema”.

(Foto: Christian Bernal/Flickr/CC)

Após isso, houve uma comparação para tentar encontrar onde elas se alinham e onde não se encaixam. Por um lado, o público ouvido pelos especialistas demonstrou pensar que o Brasil é um país fora da rota de vulnerabilidades climáticas intensas. Diferente do que asseveram os cientistas que destacam a importância de formar consciência para que aconteça a cobrança de políticas públicas efetivas para adaptação às mudanças. Enchentes e alternâncias de temperatura atípicas acontecem no Brasil com frequência, a seca do Sudeste foi alvo de inúmeras notícias recentemente, por exemplo, mas nada disso é percebido como resultado das mudanças climáticas, segundo a pesquisa.

Elaborar ferramentas de comunicação específicas, repensar valores, metáforas, modos de transmitir o discurso de especialistas para o público geral será parte da segunda etapa da pesquisa.  O objetivo é facilitar a tradução de temas complicados para facilitar a opinião pública e aumentar a participação social sobre o tema.

Com informações da EBC rádios.
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