Muito tem se falado sobre a nova concepção de abertura de dados, tanto aqueles produzidos pelo poder público, quanto por qualquer cidadão ao fazer uso de algum equipamento de sua cidade. Para a Open Knowledge Foundation, dados são abertos quando qualquer pessoa pode livremente usá-los, reutilizá-los e redistribuí-los, estando sujeito a, no máximo, a exigência de creditar a sua autoria e compartilhar pela mesma licença.
Passado o Congresso Internacional Cidades & Transportes, que muito contribuiu com o debate da abertura destes dados, algumas dúvidas restam, principalmente para o cidadão:
De que forma meus dados podem, de fato, refletir e contribuir para uma cidade melhor?
Não basta saber que minha localização foi utilizada para planejar ciclovias ou melhorar calçadas, ou que minhas reclamações levaram a um aumento de fiscalização no meu bairro. Será que essas medidas de fato melhoraram a qualidade de nossa cidade? Meus dados foram utilizados para gerar o bem? Todos nós buscamos para nossas cidades algo a mais, que não só um ponto em um mapa, uma tabela com números grandes.
Queremos cidades mais saudáveis, alegres, amorosas.
Pensando assim, a cidade de Doetinchem, na Holanda, criou um sistema interessante, que alia os dados gerados pela população a uma escultura que se modifica através desses dados. A D Tower é uma escultura que, por meio da resposta de qualquer cidadão, altera suas cores, transmitindo se a população está feliz, amorosa, com medo ou ódio.
Todos os dias, a D-Towr calcula a emoção mais proeminente com base nas respostas recebidas pelos participantes. Durante a noite, a torre acende-se em uma dessas cores. Muita felicidade na cidade no dia 1, a torre ficará azul. Se houver amor, a torre irá brilhar em vermelho.
O projeto é do artista Q.S. Serafijn e do Arquiteto Lars Spuybroek do NOX-Architekten. Quer conhecer mais sobre a D Tower? Acesse o site do projeto ou veja a obra no Google Maps.