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Paris inicia cobrança por estacionamento nas vias públicas

A partir deste mês, estacionamento gratuito é banido em Paris. (Foto: Alex Proimos/Flickr)

No ano passado, Paris registrou o maior índice de poluição dos últimos sete anos, quando foi encoberta por uma camada cinza por cinco dias consecutivos. O nível de poluição no ar foi tão alarmante que a cidade liberou, gratuitamente, o transporte coletivo, o compartilhamento de bicicletas e o aluguel de carros elétricos para a população durante um final de semana, medida replicada por diversas ocasiões.

Desde então, uma série de iniciativas para reduzir as emissões de carbono vêm sendo adotadas pela cidade das luzes. Uma delas é a proibição dos carros no centro da cidade durante os finais de semana; outra, a implantação de mais ciclovias e um projeto de vias dedicadas a veículos elétricos e de baixa emissão.

Embora 55,5% das residências parisienses não possuam automóvel particular, a cidade está fazendo esforços massivos para conter o transporte motorizado individual.

A grande novidade é a política de estacionamentos que entrou em vigor neste mês. Desde o dia 1º de agosto, motoristas só poderão estacionar nas vias públicas em Paris mediante pagamento. Antes, pelo menos 60% das ruas eram gratuitas.

Ao jornal Le Monde, Christophe Najdovski, responsável pelo departamento de transportes de Paris, comentou ser natural pagar uma tarifa justa para parquear nas vias públicas. Para ele, a utilização do espaço público tem custos e a oferta de vagas gratuitas acabava sendo um estímulo ao uso do carro.

Ainda conforme a publicação, a implantação desta política foi gradual, com cobranças durante os sábados e zonas de cobrança com horário estendido durante os dias úteis. Valores também foram elevados de € 3,25 para € 9 por dia nas zonas residenciais. Com isso, a receita suplementar é estimada em € 50 milhões para este ano. Além disso, a cidade quer reforçar sansões aos motoristas. Segundo a gestão, 90% não pagam estacionamento rotativo, arriscando levar uma multa de € 17. O prejuízo para esta fraude é da ordem de centenas de milhões de euros.

Com isso, a cidade das luzes cria um dispositivo de desestímulo ao automóvel com potencial para bons resultados  financeiros e, principalmente, para a qualidade do ar – a cidade não deixa a desejar quando falamos em opções de transporte: oferece uma malha de transportes abrangente, diversa e eficiente. O que você acha da novidade?

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