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Rotas seguras: transporte ativo desde cedo

(Foto: San Francisco Bike Coalition/Flickr)

Como você costumava ir para a escola na infância?

Na década de 60, nos Estados Unidos, 47.7% das crianças iam a pé ou de bicicleta. Hoje, esse índice caiu pela metade, enquanto os deslocamentos por carro, por sua vez, dobraram. Os dados, de um estudo que mediu os impactos da caminhada para a escola, alertam para o risco do sedentarismo depois de adulto, pois é fato que a prática de atividade física na infância leva a uma vida adulta mais ativa. Veja o gráfico:

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No intuito de incentivar o movimento entre os pequenos, o Congresso Americano criou, há dez anos, o programa Safe Routes to School – SRTS (rotas seguras para a escola, em tradução livre), uma rede formada por organizações, governos e profissionais que trabalham por melhores condições ao transporte ativo no caminho para a sala de aula por toda a América.

As premissas do Safe Routes to School são as seguintes:

  • Avaliação – documentar dados e estatísticas da região antes da implementação do SRTS, a fim de medir e comparar os resultados antes e após o programa
  • Engenharia – qualificar a infraestrutura das vias perto das escolas para aumentar a segurança e favorecer o deslocamento ativo
  • Educação – trazer lições às crianças sobre a via, sobre as opções de transporte e principalmente sobre a importância do transporte a pé e por bicicleta
  • Encorajamento – fazer eventos e atividades de promoção ao transporte ativo para entusiasmar estudantes, pais e comunidade
  • Fiscalização – fazer parcerias com governos e fiscalização locais para que as leis de trânsito sejam respeitadas, como velocidades, faixas de pedestres e comportamento seguro ao caminhar e dirigir

Para medir os impactos do SRTS em alguns estados e cidades onde foi implantado, o instituto Active Living Research fez uma análise com foco em seis pilares: saúde das crianças; impactos do SRTS nos índices de caminhada e pedalada; segurança nas vias e resultados econômicos após a implementação do programa.

As principais constatações foram as seguintes:

– o deslocamento ativo para/da escola para melhorou a saúde física e mental das crianças

– o SRTS aumentou o numero de estudantes em deslocamento ativo para a escola

– o SRTS conseguiu tornar rotas mais seguras

– o SRTS culminou na redução de custos com transporte e saúde para comunidades escolares e famílias

Indivíduos mais ativos não somente ganham mais saúde – atividades moderadas, como uma simples caminhada ou pedalada diária são capazes de prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, e obesidade – mas toda a comunidade é favorecida, porque ganha mais potencial e capital humano, um conjunto de fatores que levam ao sucesso e bem estar.

Os dados mostram que o programa Safe Routes do School, definitivamente, está associado a mais crianças caminhando e pedalando para chegar à escola com segurança, como vemos abaixo.

Embora não sejam índices massivos, contribuem para o desenvolvimento de comunidades mais saudáveis e seguras. E a iniciativa tem potencial para impactar e inspirar toda a comunidade a tornar as vias públicas mais seguras para as crianças.

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