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4 cidades utilizando open data no desenvolvimento de soluções para os problemas urbanos

(Foto: dawolf-/Flickr)

Inovação, transparência e participação popular, além de empoderar os moradores, encorajam a criação de novas soluções para os problemas urbanos. E tudo isso pode ser alcançado por meio de iniciativas de open data – com acesso à informação e poder para transformá-la em ferramentas que tornem mais fácil a vida nos centros urbanos.

As cidades já têm acesso a uma enorme quantidade de dados; o que precisam, agora, é de técnicas e mecanismos que permitam a utilização dessas informações de modo inovador. Para resolver os problemas urbanos, é preciso criar uma cultura open data – criar ferramentas efetivas de aplicação dos dados que já existem, a fim de facilitar o dia a dia das pessoas.

Ao longo dos últimos anos tem sido possível observar, em diversas partes do mundo, uma tendência de criação de novas estratégias para usar melhor esses dados. Abaixo, conheça alguns exemplos de cidades que já começaram a desenvolver maneiras inovadoras e criativas de uso dos dados para informar as pessoas sobre aspectos importantes da vida no meio urbano. Agindo com precisão a partir de dados previamente analisados, as cidades podem reduzir os custos e aumentar a eficiência na gestão de seus recursos financeiros.

 

Nova Orleans

Em 2010, Nova Orleans lançou o programa BlightSTAT, pelo qual tanto a administração municipal quando os moradores têm acesso ao progresso da cidade no combate ao problema – as residências abandonadas ou em ruínas. A partir dos dados coletados, Nova Orleans também criou o BlightStatus, um mapa onde as pessoas podem checar informações sobre o problema em qualquer região.

(Imagem: BlightStatus)

A cidade também está utilizando dados já existentes a respeito dos crimes, como os locais em que ocorrem com mais frequência e onde há mais e menos movimento de pessoas, para identificar tendências e investir no que for necessário – iluminação pública, policiamento, etc.

 

San Francisco

A fim de informar os moradores a respeito das condições dos restaurantes da cidade, San Francisco fez uma parceria com o Yelp, site que reúne comentários e avaliações do público sobre os serviços locais, inserindo os dados provenientes das inspeções sanitárias nas páginas de cada restaurante. Desse modo, além de informar as pessoas sobre os riscos alimentares, a colaboração é um meio de expor os restaurantes que não cumprem as normas, estimulando-os a se adequarem aos padrões exigidos.

(Imagem: Yelp.com)

 

Louisville

Em parceria com a Propeller Health, Louisville providenciou a instalação de rastreadores GPS dentro de alguns inaladores para saber quando e onde as pessoas mais os utilizam. Uma vez que a cidade não é o melhor ambiente para quem sofre com asma ou alergias respiratórias, o projeto combina os principais pontos de uso dos inaladores com dados referentes à qualidade do ar, permitindo que os agentes de saúde pública possam focar investimentos e intervenções onde são mais necessários.

(Imagem: Louisville Asthma Innovation Project)

 

São Paulo

A maior cidade brasileira inovou com a criação do MobiLab. O trânsito em São Paulo gera 30 milhões de dados diariamente; no MobiLab, empreendedores e pesquisadores partem desses dados para criar aplicativos, tecnologias e soluções inteligentes para os problemas de mobilidade na cidade.  O trabalho no laboratório deu resultado, e os dados liberados possibilitaram que diversos aplicativos levassem aos usuários informação em tempo real sobre o trânsito e os sistemas de transporte. A cidade também criou uma plataforma de crowdsourcing para incentivar a participação das pessoas no processo de revisão do plano diretor da cidade. Baseada no princípio de VGI (Informação Geográfica Voluntária, na sigla em inglês), a ferramenta permitiu que os moradores contribuíssem diretamente com o desenvolvimento do plano.

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