3. Aos poucos, sistemas car-share surgem no Brasil
É compreensível que algumas pessoas não consigam viver sem automóvel nas cidades. Porque não se sentem confortáveis ou seguras em utilizar o transporte coletivo ou a bicicleta. Porque a infraestrutura não é adequada, porque o serviço é de baixa qualidade, porque se tem filhos para buscar, porque usar o carro é mais fácil. Ele está ali sempre disponível. Essa história faz sentido quando se pensa individualmente, mas de forma coletiva ela onera toda a sociedade de formas social, ambiental e econômica.
2. Ruas para pessoas – a transformação das cidades
Quando o carro surgiu e começou a ser comercializado, as cidades aos poucos cederam e adaptaram suas ruas para abrir espaço à promessa de mobilidade que se concretizava com as quatro rodas. Deslocar-se rapidamente de um ponto a outro era uma conveniência que chegava para facilitar a vida dos que tinham condições de acessar o novo modal. Assim os automóveis se espalharam, fazendo crescer com eles toda a infraestrutura característica de cidades que se desenvolveram seguindo um modelo carrocêntrico.
1. Amsterdã: onde a vida vai a 20
Então, que 20 é esse que deu origem ao título desse texto? É a velocidade média em que a vida se passa na capital holandesa. Em Amsterdã, as pessoas em suas bicicletas ditam o ritmo em que o tempo passa, ou seja, a não mais que 20km/h (em geral). Embora a cidade tenha lá suas avenidas cruzando alguns de seus perímetros, a vida se dá, majoritariamente, a velocidades não superiores à capacidade do ser humano de se locomover sozinho.