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Após as 18h, escritório proíbe hora extra. Mas isso é bom?

Um escritório holandês baniu as horas extras dos funcionários à força. Ninguém pode ficar no trabalho além das 18h. Mas isso é necessariamente bom?(Foto: reprodução/Exame)

Uma agência de design em Amsterdã determinou: hora extra nunca mais! Quando o relógio marca 18h, as mesas e todo material sobre elas são recolhidas verticalmente graças a um sistema com cabos de aço que as puxam ao teto, como mostra a matéria da Exame.

O que parece ser inovação e benefício do local de trabalho, no entanto, pode ser uma armadilha.

Não só a lógica como inúmeros autores dizem que a concentração de pessoas em deslocamento ao trabalho e na volta pra casa é a causa dos congestionamentos. Isso porque, se todos devem cumprir horário fixo e não caminham nem pedalam até o trabalho, certamente vão usar o carro ou o transporte público nos horários de pico, enfrentando lentidão, estresse e perda de tempo. De fato, alguns empregadores priorizam a gestão por horário. “Eles precisam enxergar os funcionários das 8h às 17h30. Se eles estão em suas mesas, ótimo. Não levam em conta se estão completamente estressados quando chegam, basta que estejam lá. Isso é um grande problema”, pontua Stuart Anderson, especialista em gestão de demanda de viagens da consultoria Steer Davies Gleave em entrevista exclusiva à EMBARQ Brasil (produtora deste blog).

Empresas atentas ao deslocamento dos usuários geralmente oferecem horários flexíveis, dias de trabalho remoto e opções de transporte como vans, ônibus fretados, incentivo a caronas ou a bicicletas, por exemplo. Este conjunto de opções faz parte de uma estratégia chamada de gestão de demanda de viagens (GDV).

Considerada a melhor empresa para trabalhar no mundo, o Google vem comprovando os benefícios do seu programa GDV. Uma das opções que o campus da gigante da internet é o ônibus fretado. Com tomadas para o notebook, WIFI e assentos que podem ficar de frente uns com os outros, a empresa vem notando um aumento de produtividade. “É uma estação móvel de trabalho”, explica Stuart Anderson. “Se você for ao trabalho de carro, num trajeto de uma hora até o escritório do Google, vai chegar frustrado e estressado. Mas se você estiver num ônibus, você vai ligar seu computador e começar a utilizá-lo”, emenda. Já nos ônibus, os funcionários começaram a ler e responder e-mails, resolver assuntos antes mesmo de chegar ao trabalho. E o melhor: sem estresse.

Dentre a lista Fortune 100 Best Companies, das melhores empresas para trabalhar, 90 delas desenvolvem algum tipo de programa GDV, contou o consultor da Steer Davies Gleave. Companhias dos diversos setores que criam não apenas um ambiente agradável ao trabalho, mas também pensam no bem estar do funcionário ao chegar ao escritório, retêm talentos e ganham mais competitividade no concorrido mercado profissional. Leia na íntegra nossa entrevista com Stuart para saber mais sobre o assunto.

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