Os carros movidos a energia elétrica estão em evidência na Noruega. Neste ano, representaram 9% das vendas de automóveis, e estimativas apontam que em 2017 a frota chegará a 50 mil unidades. Tal popularidade se deve especialmente a políticas de incentivo: os impostos praticamente foram cortados, e os motoristas têm permissão para circular nas faixas de ônibus.
Mas assim o veículo é contraditório. A engenheira de transportes da EMBARQ Brasil Magdala Arioli atenta para a mobilidade urbana. “O carro ainda causa congestionamentos, mesmo que ‘limpos’”, diz. Entre outros malefícios estão perda de tempo, sedentarismo e menos qualidade de vida.
No entanto, sabe-se que o setor de transportes é um vilão da saúde. “A grande vantagem do carro elétrico é a não emissão de gases poluentes na atmosfera”, explica Magdala. Só na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, o setor de transportes foi a causa de 90% da poluição atmosférica. Assim, enquanto motoristas não aderirem ao transporte coletivo, optar por transporte de energia limpa já é uma vitória.
Aqui no Brasil, um estudo da consultoria Maksen em parceria com o Insper e o Lisbon MBA revelou que a produção de carros elétricos no Brasil é inviável. As principais razões são custo elevado e vendas quase insignificativas no mercado local. Mas já existem iniciativas bacanas, como um novo sistema de aluguel de carros elétricos em Porto Alegre. Três estudantes criaram uma startup que deverá funcionar no fim do ano que vem. (Saiba mais)
Fontes: DW, Jornal GGN