Você sabia que todas as cidades brasileiras com mais de 20 mil habitantes devem entregar, por lei, um plano de mobilidade urbana até abril de 2015? E sabia que a participação cidadã no processo de construção dele é obrigatória?
O que resta saber é ter certeza se elas vão se preocupar apenas em atender a norma ou, de fato, em criar mecanismos de mudanças culturais e ambientais, ou seja: planejar uma cidade voltada para as pessoas e para o transporte sustentável.
Macapá, a cidade banhada pelo Rio Amazonas e por onde passa a linha do Equador, deu um importante salto neste quesito.
Durante dois dias (31/07 e 01/08), 200 pessoas, entre população, tomadores de decisão e técnicos, trabalharam juntas no evento “Do PAC ao Plano” para definir as principais diretrizes que estarão no plano de mobilidade urbana da cidade de 407 mil habitantes.
O projeto, uma parceria entre Prefeitura de Macapá e EMBARQ Brasil (produtora deste blog), tem como grande objetivo qualificar o plano de mobilidade urbana para, além de tornar as cidades lugares melhores para viver, garantir os recursos financeiros do PAC.
Para a elaboração do plano, o evento desenvolveu uma série de palestras e metodologias voltadas ao debate e à construção conjunta dos participantes.
O primeiro dia contou com as palestras O DNA da Sustentabilidade (pelo diretor-presidente da EMBARQ Brasil, Luis Antonio Lindau); Os Desafios da Lei de Mobilidade Urbana (pelo engenheiro e ex-secretário nacional de mobilidade urbana do Ministério das Cidades, José Carlos Xavier); e A Construção do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (pela diretora de projetos e operações da EMBARQ Brasil, Daniela Facchini).
No segundo dia, a metodologia World Café definiu as principais diretrizes para o plano de mobilidade urbana de Macapá, que foram, principalmente, priorizar as pessoas, os transportes sustentáveis e o uso eficiente das vias públicas, tudo para que a cidade ganhe mobilidade urbana e qualidade de vida. Ao fim do workshop, foi feito um alinhamento estratégico com o cronograma de cada etapa de construção do plano.
A expectativa é que até o final do ano que vem o plano esteja pronto e aprovado.
– “Esta é a oportunidade para pactuar um plano democrático, humano e criativo”, avaliou o prefeito de Macapá, Clécio Luís Vieira
– Como seria a cidade que todos gostariam de viver no futuro? O questionamento, feito pelo diretor-presidente da EMBARQ Brasil, Luis Antonio Lindau, foi o norte das atividades no evento, que contou com palestras e dinâmicas.
– “Queremos sistemas bike sharing, além de mais espaço para a bicicleta, com estacionamentos nas ruas e em órgãos públicos, e integração com o transporte coletivo. Calçadas seguras e com alto nível de caminhabilidade para os pedestres também devem ser prioridade no nosso plano” – assegurou Cristina Bedini, presidente da CTMac, órgão responsável pelo plano.
Fotos: Mariana Gil/EMBARQ Brasil