
Cerca de 200 mil bicicletas a mais do que carros foram vendidas na Itália. (Foto: James D. Schwartz)
Por Luísa Zottis
Qual é o melhor caminho para que uma cidade possa atingir o ideal de mobilidade urbana sustentável? Na Itália, o país inteiro parece estar andando a passos largos nessa direção. Pela primeira vez em 48 anos, a venda de bicicletas superou a de carros em 2012. O índice é motivador, mas mudanças ainda são necessárias.
O subsecretário do Ministério dos Transportes e Infraestrutura da Itália, Erasmo D’Angelis, deu a boa notícia durante a conferência nacional sobre mobilidade urbana sustentável, na última semana. Ao todo, foram registradas um milhão e 650 mil bicicletas, enquanto o número de automóveis novos foi de um milhão e 400 mil unidades.
Para ele, a utilização da bike só vem a colaborar com a melhora da mobilidade urbana, da qualidade do ar, da qualidade de vida e com a atratividade das cidades. O Ministério está estudando medidas de incentivo ao uso da magrela e para aproximar as ciclovias do trajeto entre casa, trabalho e escola.
De acordo com o Ministro, D’Angelis, é preciso incentivar os jovens, pois, “apesar de 86% das famílias italianas estarem próximas às escolas, a menos de quinze minutos das escolas elementares, médias e superiores, pelo menos 10 milhões de pessoas fazem o trajeto de carro a cada dia, dando uma contribuição importante aos congestionamentos, à emissão de poluentes e estimulando os jovens no hábito do deslocamento motorizado”.
As pedaladas tendem mesmo a frear a cultura do automóvel. Um artigo do New York Times, sobre o qual já falamos aqui, mostra que a geração entre 18 e 24 anos está se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem, o que modifica também sua relação com a mobilidade. Eles passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé.
Fonte: Agência Ansa
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