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Mobilidade corporativa beneficia trabalhadores em São Paulo

Por Luísa Zottis

Foi dada a largada para a segunda fase do Projeto Piloto de Mobilidade Corporativa em São Paulo, realizado pelo Banco Mundial, que  consiste na execução de ações, por empresas da capital paulista, para estimular funcionários a utilizarem meios de transporte alternativos. A iniciativa, realizada em parceria com o WRI – Instituto de Recursos Mundiais, conta com apoio da EMBARQ Brasil, na comunicação do projeto, e com financiamento da Fundação Caterpillar.

O objetivo é  impactar positivamente o deslocamento do colaborador ao local de trabalho, promovendo avanços tanto para empresas quanto para os funcionários, visando à maior produtividade e qualidade de vida, além da redução de custos para as empresas. O projeto também traz benefícios ambientais para a cidade, à medida em que estimula opções de transporte que dispensem o carro particular.

Nesta etapa do projeto, as empresas elegem um coordenador de mobilidade responsável por estudar e incentivar as melhores formas para que o colaborador chegue ao destino utilizando meios alternativos. O site Caronetas, por exemplo, é um deles. A plataforma permite aos funcionários das empresas se cadastrar e descobrir colegas que moram perto, permitindo o compartilhamento de carros e custos. O uso de bicicleta e de ônibus fretado também são possibilidades.

Outra solução é a organização do tempo e jornadas home-office. É sugerido que cada pessoa trabalhe de casa a cada 15 dias, pelo menos. A elevação da carga horária em determinados dias da semana também é estratégica, pois permite que o funcionário tire dias de folga.

Congestionamento na Av. Berrini, São Paulo, afeta a vida de quem precisa passar pelo local. (Foto: Fernando Stankuns)

A região escolhida para o experimento foi a da Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, que, por ter o maior índice de pessoas se deslocando sozinhas em automóveis, de acordo com a pesquisa Origem-Destino do metrô de São Paulo, também é uma das recordistas em congestionamentos na capital. As ações estão sendo executadas em empresas com escritórios nos edifícios WTC (World Trade Center) e o Cenu (Centro Empresarial Nações Unidas).

Planos de mobilidade em execução

Um exemplo da boa receptividade do plano de mobilidade foi no hotel Hilton, uma das empresas que aderiram ao projeto. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no último dia 14 de abril, a gerente de marketing Suzana Cardoso conta que iniciou um plano de mobilidade para os novos funcionários. Os funcionários que recebem o plano ficam “aliviados”, “há uma insegurança ao entrar em um novo trabalho e a questão de como chegar contribui para isso. Apresentamos os dados de uma maneira simples e em um lugar só, e eles agradecem bastante”, afirma a gerente.

Outro caso trazido pela Folha é o do arquiteto Igor Osch Simões, 32, que trabalha nas imediações da Berrini, onde a mensalidade de um estacionamento custa cerca de R$ 500. Há dois anos, ele vai para o escritório de bike e relata que a maior resistência de quem quer aderir à bicicleta, mais do que a insegurança, é a falta de chuveiros no trabalho. “Todo mundo sabe que [a empresa] não tem um bom vestiário, com chuveiro”, conta.

Mais sobre o Projeto Piloto de Mobilidade Corporativa

Na primeira etapa do projeto, concluída em agosto de 2012, foram realizadas reuniões com as organizações participantes, bem como uma pesquisa detalhada acerca dos hábitos de mobilidade de seus colaboradores. Se bem sucedido, o projeto poderá se converter em um modelo para a mobilidade corporativa na cidade, podendo ser replicado em diversas áreas da capital, de acordo com o site do projeto.

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