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Boas práticas de mobilidade urbana no Brasil e no mundo

O TheCityFix Brasil acredita que os bons exemplos existem para inspirar. Por isso, nossa equipe fez uma seleção especial de boas práticas de mobilidade urbana pelo mundo, que virou exposição, em Brasília, em 2012. Durante o evento “PAC Mobilidade Urbana: como construir projetos sustentáveis”, as fotos dos projetos realizados mundo afora foram expostas para prefeitos e técnicos, que puderam levar ainda mais ideias para as suas cidades. Confira, abaixo, as boas práticas de mobilidade selecionadas:

BRT

  •  Rio de Janeiro:

Foto por Mariana Gil – EMBARQ Brasil

O primeiro corredor BRT do Rio de Janeiro – Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande – já reduziu pela metade o tempo médio de viagem de seus passageiros. Atualmente, o Transoeste conta com 40 km em operação que atendem 65 mil pessoas, diariamente. Mais três corredores BRT – Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil – serão  implantados no Rio de Janeiro até 2016, totalizando 150 km de corredores exclusivos para os ônibus de alta capacidade.

 

  • Curitiba:

Foto por Mariana Gil – EMBARQ Brasil

O BRT surgiu em Curitiba, em 1974, implementado pelo então prefeito Jaime Lerner. Ainda hoje, a capital paranaense tem a maior malha de corredores BRT do Brasil: 81 km em seis eixos que ligam todas as áreas da cidade. Mais 10 km estão em obras.

 

  • Cidade do México:

Foto por Mariana Gil – EMBARQ Brasil

O Metrobús, sistema BRT da Cidade do México, foi inaugurado em 2005 com o primeiro corredor implementado na movimentada Avenida Insurgentes. Atualmente, o sistema é um dos mais reconhecidos do mundo, com 95 km de extensão e uma demanda diária de 755 mil passageiros por dia.

 

  • Bogotá:

Foto por Daniela Facchini – EMBARQ Brasil

O TransMilenio, sistema BRT de Bogotá, é conhecido por ter uma demanda superior a de muitos metrôs: no horário de pico, transporta até 45 mil passageiros por hora no sentido mais carregado. Se estas pessoas se deslocassem de automóvel no mesmo intervalo de tempo, seriam necessárias 25 faixas, o equivalente a uma via com 80 metros de largura. O BRT usa apenas duas faixas segregadas, ou seja, 7 metros da via.

Bicicletas

  • Bicicletários: 

Foto por Mariana Gil – EMBARQ Brasil

Cidades preocupadas com a sustentabilidade e o bem-estar da população incentivam o uso de bicicletas para distâncias curtas. Porém, pesquisas mostram que a falta de locais próprios para estacionar inibe o uso deste modal. Existem diversos tipos de bicicletários e paraciclos com padrões internacionais que não danificam rodas ou quadro – diferente de projetos feitos sem assistência técnica.

  •  Houten:

Foto por Jarrett M

Houten, na Holanda, é o paraíso dos ciclistas. Com 50 mil habitantes e 129 km de ciclovias, a cidade contabiliza mais da metade das viagens realizadas a pé ou por bicicleta. O planejamento urbano, baseado na técnica filtered permeability, criou uma densa malha cicloviária e áreas de convivência. A rede limita o acesso dos carros ao centro da cidade e oferece continuidade nos trajetos para os ciclistas.

Integração modal

Los Angeles (integração) – Foto por Mariana Gil – EMBARQ Brasil

População e autoridades públicas são beneficiadas pela integração dos diversos modais de transporte. Os passageiros ganham mais acesso à cidade, pois há conectividade entre os diversos bairros e o transporte coletivo urbano amplia sua abrangência e a possibilidade de investimentos para garantir a qualidade do serviço. Também a construção de bicicletários e paraciclos em estações terminais de integração beneficia a população, à medida que estimula a prática do exercício físico com o uso do transporte não-motorizado.

 Espaços Públicos

  • Calle Mercaderes, Arequipa:

Foto por EMBARQ

Em 2009, a segunda maior cidade peruana resolveu transformar sua principal avenida comercial, a Calle Mercaderes, em um espaço de convivência. A rua foi bloqueada para os carros e entregue aos pedestres. O projeto faz parte de uma visão mais ampla da cidade que pretende modernizar os serviços de transporte, por meio da implantação de um corredor BRT (Bus Rapid Transit) e de ciclovias para qualificar a mobilidade no centro histórico da cidade.

 

  • Cheonggyecheon River, Seul:

Foto por Yoshi

A avenida elevada que cobria o rio Cheonggyecheon, em Seul, na Coreia do Sul, foi destruída e substituída por um parque à beira do rio. O local recebeu calçadas de qualidade, praças públicas e, atualmente, é um grande centro de integração social e turismo da cidade. A transformação também deu a Seul o Prêmio Transporte Sustentável de 2006.

 

  • Times Square, Nova Iorque: 

Foto: Divulgação

O projeto “Green Light for Midtown” (Luz verde para Midtown), do prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, promoveu uma série de mudanças para melhorar a mobilidade e a segurança de Times Square, em 2009. As transformações deram vida a novas áreas dedicadas aos pedestres, na região de Midtown, Manhattan. Partes de algumas avenidas foram bloqueadas para os automóveis e ocupadas por praças e locais de convívio.

 

  • Parque Madrid Río, Madri: 

Ao transformar a marginal do Rio Manzanares em um parque de 10 km, a prefeitura de Madri devolveu às pessoas um espaço por muito tempo ocupado apenas por carros. A avenida, que antes poluía e separava bairros e pessoas, agora é o ponto de encontro dos madrilenhos, cheia de áreas verdes e ciclovias.

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