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Segurança viária em corredores de ônibus e BRT

 O transporte sustentável salva vidas.

Luis Antonio Lindau, diretor-presidente da EMBARQ Brasil apresentou no evento “PAC Mobilidade Urbana: como construir projetos sustentáveis” as principais orientações quanto à segurança viária, um tema que merece muita atenção no país.

Lindau introduziu o tema com uma pergunta aos participantes: quem influenciamos com as decisões de transporte? A resposta é simples: pessoas. Pessoas que podem estar a pé, se locomovendo de carro, de ônibus, de bicicleta, etc. Portanto, a primeira questão importante quanto à segurança viária e ao transporte sustentável é: quanto espaço viário dedicaremos a cada pessoa? O espaço, sem dúvidas, é finito. E é preciso dividi-lo bem entre cada agente do trânsito. No Brasil, a maioria das viagens urbanas estão divididas entre: transporte motorizado de automóvel, transporte motorizado de ônibus e transporte não-motorizado.

Hoje, enfrentamos um grande problema que é o congestionamento. Uma solução é construir sistemas eficientes, integrados, em rede, que estruturem as cidades e possam carregar pessoas com qualidade.

Impositivo: criar ambientes urbanos mais seguros para a circulação. No Brasil, o número de mortes no trânsito é similar ao dos EUA. Mas se formos pensar na quantidade de carros e quilômetros de estradas, a proporção de mortes no Brasil é muito maior.

O transporte sustentável salva vidas: priorizando o espaço do pedestre, do ciclista e do usuário do transporte coletivo muitas vidas podem ser salvas. Uma forma de priorizar o espaço do usuário de transporte coletivo é tirar os ônibus do congestionamento, dando a eles faixas exclusivas. Nesse sentido, Lindau fala de questões específicas de segurança para corredores de ônibus e BRT.

Algumas observações do especialista sobre medidas de segurança para corredores de ônibus e BRT:

  • O contrafluxo diminui a segurança. Em muitos casos, o número de acidentes dobra quando há contrafluxo.
  • Corredores com faixa central são mais seguros que corredores com faixas junto ao meio-fio.
  • Estações fechadas são mais seguras que estações abertas, pois as primeiras evitam que pedestres atravessem a rua em locais arriscados.
  • Nem sempre o mais caro é o melhor. Uma estrutura que serve como degrau pode incentivar que os passageiros atravessem a rua em locais inseguros, enquanto uma estrutura mais simples pode ser mais segura.
  • O tempo dos semáforos deve ser orientado ao pedestre.

Como conclusão, Lindau comentou sobre a importância das auditorias de segurança viária, que observam o projeto do sistema de ônibus e apontam recomendações para aumentar a segurança. Como diria o velho ditado, é melhor prevenir do que remediar: incorporar medidas no projeto é muito mais barato que consertar depois. E as vidas salvas com um projeto bem planejado simplesmente não têm preço.

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