O BRT carioca vai adotar vias e corredores exclusivos, como os que já existem em Curitiba. (Foto: Robert Blackie)

Por Paulo Finatto Jr.

Às vésperas de sediar os dois maiores eventos esportivos do mundo, o Brasil parece ainda não ter acordado para tentar resolver os problemas de deslocamento da população e de transporte coletivo nas grandes cidades. O Programa Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, que é considerado importantíssimo pelo governo federal, ficou praticamente estagnado em 2011, já que dos R$ 650,1 milhões previstos no orçamento, apenas 2% (R$ 12,9 milhões) foram destinados a obras de infraestrutura.

Para reverter o quadro, o orçamento de 2012 prevê um investimento mais significativo: R$ 32 bilhões, sendo R$ 8 bilhões destinados aos projetos relacionados à Copa de 2014 e R$ 24 bilhões para o PAC 2, que contempla o eixo de mobilidade urbana de todas as cidades brasileiras. Enquanto o Ministério dos Esportes reserva 2012 ao começo dos planos operacionais, a cidade do Rio de Janeiro deverá finalizar quatro projetos de mobilidade urbana até o início das Olimpíadas. As obras do BRT carioca – sistema que vai garantir maior integração e agilidade ao trânsito – totalizarão 155 km de novas vias expressas.

Batizado de Transoeste, o corredor que vai ligar a Barra da Tijuca a Santa Cruz conta com recursos próprios da prefeitura e deverá ser o primeiro a ficar pronto, ainda em 2012. A próxima obra da fila é o Transcarioca, que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, que tem previsão de entrega para 2013. Já o Transolímpica, corredor que vai cruzar a Barra até Marechal Hermes, deve ficar pronto em 2015, logo após a Copa do Mundo. O projeto do Transbrasil, troncal ao longo de toda a Avenida Brasil, ainda não foi finalizado, apesar da presidente Dilma ter garantido verbas para a obra, no final do ano passado.

Fonte: O Globo