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Brasil: acidentes de trânsito provocam índices alarmantes de invalidez

De 2005 a 2010, o número de vítimas passou de 31 mil para 152 mil por ano. (Foto: Milton Jung)

A violência no trânsito brasileiro é responsável por cerca de 3,1% das aposentadorias compulsórias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ocasionadas por invalidez permanente, dados que preocupam autoridades e especialistas. Para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “os números revelam que o País vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”.

De 2005 a 2010, o número de vítimas de invalidez permanente praticamente aumentou cinco vezes, passando de 31 mil para 152 mil, por ano. E a situação aponta tendência de piora: somente nos primeiros nove meses de 2011, os registros de aposentadoria pela mesma causa chegaram a 166 mil.

O perfil dos acidentados aponta que o Brasil terá uma geração de jovens aposentados por invalidez, já que a maioria dos acidentados está em faixa etária economicamente ativa (entre 18 e 44 anos). Outro dado comprova a percepção de muitos especialistas: as motos são as maiores vilãs desse preocupante panorama, responsáveis por mais de 70% das aposentadorias geradas por invalidez em 2011.

De acordo com dados do DPVAT, seguro obrigatório pago no licenciamento de veículos e responsável pela cobertura às vítimas de acidentes de trânsito, nos primeiros meses de 2011, elas foram a causa de 66% das indenizações pagas pelo DPVAT. Dentre esses acidentes, 72% provocaram invalidez permanente às vítimas dos sinistros.

Fonte: Folha de S.Paulo

O Ministério da Saúde revela que, entre 2002 e 2010, as mortes envolvendo acidentes com moto triplicaram no Brasil. Os dados apresentados pelas autoridades brasileiras associados ao aumento da frota de motocicletas comercializadas no país, que entre 2000 e 2010, passou de 574 mil para 1,8 milhão de unidades por ano, portanto, um acréscimo de mais de 300%, deixam evidentes a necessidade de frear o perigo que representam as motocicletas à saúde pública brasileira e à economia do País. A preocupação levou a Previdência a solicitar uma vaga no Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para participar da elaboração das políticas de transito.

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