Por Paulo Finatto Jr.
O artista – e ativista político – Ai Weiwei conquistou certa notoriedade após criar o belíssimo Estádio Nacional de Pequim, para os Jogos Olímpicos de 2008. Os anos se passaram, o reconhecimento cresceu e Ai Weiwei inaugurou, no final de 2011, uma inusitada mostra individual no Taipei Fine Arts Museum, em Taiwan. A exposição, que foi batizada de “Ausente”, reúne 21 dos seus principais trabalhos desenvolvidos a partir do manuseio de objetos, até certo ponto, diferentes.
Com uma carreira bastante sólida no mundo das artes, Ai Weiwei é hoje uma referência para os artistas contemporâneos, justamente por unir a crítica social, sobretudo à política chinesa, com os aspectos mais abstratos e incoerentes para a realidade. Não é por acaso que a maioria dos seus trabalhos aproveita itens comuns do cotidiano de Pequim, como as bicicletas. Elas são o meio de transporte preferencial dos cerca de 20 milhões de moradores da maior capital nacional do planeta.
Para a crítica especializada, como o portal The Creator’s Project, a obra “Forever Bicycles” é provavelmente a grande atração da mostra, que fica em cartaz até o fim de janeiro no Taipei Museum. Ai Weiwei criou com mais de 1.000 bicicletas uma espécie de labirinto visual – na forma de uma figura abstrata – que possui mais de dez metros de altura. Embora o artista não deixe claro o conceito por trás da obra, o site The Creator’s Project acredita que a ideia de Ai Weiwei era mostrar, em uma perspectiva incomum, a potência da bicicleta como meio de transporte no território chinês.
As fotos abaixo mostram o tamanho de “Forever Bicycles” e abrem a oportunidade para outras interpretações. O que você achou do trabalho de Ai Weiwei com as bicicletas?