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ONU destaca BRT para a mobilidade urbana

BRT Transmilenio de Bogotá, Colômbia (Foto: EMBARQ Brasil)

Por Paulo Finatto Jr.

O modelo BRT (Bus Rapid Transit) foi apontado pela ONU como uma alternativa bem sucedida para a mobilidade urbana. A constatação está presente no relatório “Rumo a uma Economia Verde – Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”, que faz parte do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, divulgado dia 16 de novembro, como comentamos aqui.

No Brasil, o projeto de corredores exclusivos para ônibus foi adotado primeiro em Curitiba (PR). Na capital paranaense, a redução de consumo do combustível – e a consequente queda da emissão de gases tóxicos – chegou a 30%. O exemplo do BRT brasileiro mostrado pela ONU indicou uma melhora na eficiência do transporte público e também um upgrade na qualidade de vida das cidades que adotam o sistema.

Outro caso que comprova a eficiência do modelo é o BRT de Bogotá, na Colômbia, onde a taxa de poluentes emitidas por passageiro foram reduzidas em 14%. O relatório da ONU frisou o sucesso do projeto, que foi replicado em Lagos (com 7,9 milhões de habitantes, na Nigéria), em Ahmadabad (com 5 milhões de habitantes, na Índia), em Cantão (com 5,8 milhões de habitantes, na China) e em Johanesburgo (5,3 milhões de habitantes, na África do Sul). Praticamente do mesmo modo, cidades do primeiro mundo, como Zurique, na Suíça, escolheram o BRT porque o investimento para construir linhas de metrô foi considerado caro demais.

A ONU ressaltou ainda a importância das ações governamentais no sentido de promover a mobilidade urbana sustentável em um futuro bastante próximo. “A distribuição do investimento em transporte terá um papel crucial no processo de evitar ou restringir infraestruturas com alta emissão de carbono na próxima geração”, afirmou a entidade no relatório.

Nos centros urbanos, todas as alternativas de transporte somadas são responsáveis pelo consumo de quase metade dos combustíveis fósseis e ainda respondem por, aproximadamente, 25% da emissão de CO2 no mundo inteiro. No aspecto financeiro, o investimento em transporte sustentável acarretaria em uma economia de 10% do PIB e um aumento do número de empregos de 10%.

Fonte: Webtranspo

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