“Ganhe dinheiro sem sair de casa”. “Emagreça 5kg em uma semana!”. “Atualização de cadastro do Banco Tal”. Quem nunca recebeu esses emails superindesejados no seu lixo eletrônico ou mesmo na caixa de entrada?! Além de serem muito chatos, um artigo publicado recentemente pelo The Guardian mostra que os spams estão também prejudicando o meio ambiente.
Segundo a publicação britânica, as mensagens indesejadas que circulam pela web produzem, anualmente, uma poluição equivalente à originada por 3,1 milhões de veículos, que utilizam 2 bilhões galões de gasolina! O impacto se explica porque, só o fato de deletar e buscar por emails legítimos, as pessoas consomem a média anual de energia elétrica equivalente a 2,4 milhões de casas nos EUA. Estes dados fazem parte de uma pesquisa encomendada pela fabricante de antivírus McAfee.
O estudo ainda mostra que toda essa energia acaba sendo jogada fora mesmo, já que 80% dos spams são ignorados ou ficam presos nos filtros do email. Segundo o jornal, uma única mensagem de spam é responsável por 0,3g a mais de CO2 na atmosfera. E, apenas em 2010, foram mais de 62 trilhões destas mensagens pouco úteis circulando pela Internet.
Mas os spams não são os únicos vilões. Também os emails considerados “legítimos”, apesar de terem utilidade, agridem o meio ambiente e a simples ação de enviar um recado para os seus amigos já é o suficiente para poluir. Um email com texto curto e sem anexos emite 4g de CO2. Já aquelas mensagens longas, com animações, gifs ou anexos pesados emitem, em média, 50g de dióxido de carbono cada! Imaginem esses números multiplicados por cada um de nós, que recebemos milhares de mensagens por mês, em diferentes contas de email, pessoais e profissionais.
Como forma de reduzir as emissões da web, o ativista em sustentabilidade e cientista político Eric Britton sugere que se cobre por cada email enviado e, em troca, possa contar com o serviço de um bom firewall que o proteja dos emails indesejados. Assim, se restringiria mais o envio e recebimento de mensagens menos úteis e os spams nem sequer teriam chance de entrar na conta de cada usuário. O cientista também dá a ideia de que 80% do valor pago pelas mensagens seja destinado a instituições de caridade ou ONG’s de preferência do internauta.
Uma outra medida, que podemos começar hoje mesmo, seria dar um fim nas famosas – e nem tão queridas – “correntes”, que lotam nossas Caixas de Entrada todos os dias. E você, o que sugere para que o impacto dos spams e emails seja mais leve?